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A Economia Digital em Portugal 2018

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a economia em portugal 2018 digital 6. A Tecnologia na Transformação da Inovação Social 166 A Planetiers utiliza uma plataforma tecnológica para reunir todos os atores do mercado sustentável e que pretendem ter um impacto positivo no planeta RESULTADOs Até ao momento, o Aidhound tem cerca de 2,000 utilizadores distribuídos por mais de 10 organizações como a Fundação Calouste Gulbenkian ou a Câmara Municipal de Lisboa, mas o projeto teve início na Comunidade Vida e Paz, onde as funcionalidades foram desenvolvidas e adaptadas. Através do Aidhound, a Comunidade Vida e Paz reduziu em 20% os custos associados à entrega de comida a populações sem abrigo e reduziu em oito horas semanais o tempo que cada gestor(a) de caso passa em processos administrativos. Coordenação/Autoria: Luís Jerónio, Fundação Calouste Gulbenkian e António Miguel, MAZE Fundação Calouste Gulbenkian Planetiers Plataforma online para a sustentabilidade Desafios A Planetiers pretende ser a primeira plataforma online para a sustentabilidade. Tem como ambição reunir num só local tudo o que pode ser feito pelo planeta. Oferece uma loja online (marketplace) onde se encontram os principais produtos e soluções sustentáveis no mercado, de forma fácil e rápida. TECNOLOGIA A Planetiers utiliza uma plataforma tecnológica para reunir todos os atores do mercado sustentável e que pretendem ter um impacto positivo no planeta, sejam consumidores particulares, empresas ou entidades públicas. Junta duas grandes tendências: comércio online e a procura por produtos sustentáveis, permitindo a operação em escala e a viabilidade do seu modelo de negócio. RESULTADOs Nos primeiros meses de operação, a Planetiers teve cerca de 90,000 páginas visitadas, mais de 500 produtos registados, 15 novos produtos por semana e conta com embaixadores como o professor Mohan Munasinghe, Prémio Nobel da Paz. Coordenação/Autoria: Luís Jerónio, Fundação Calouste Gulbenkian e António Miguel, MAZE Fundação Calouste Gulbenkian SPEAK Portal de cursos de línguas e eventos de convívio e intercâmbio para migrantes, refugiados e expatriados Desafios O SPEAK foi fundado em 2014 com a missão de promover a inclusão e o sentimento de pertença junto de migrantes, refugiados e expatriados, para que estes vivam em sintonia com as comunidades locais. Para o cumprimento desta missão, implementa cursos de línguas e eventos de convívio e intercâmbio de experiências que promovem a multiculturalidade e a valorização da diversidade. TECNOLOGIA Tendo por base uma solução tecnológica através de um portal online, o SPEAK torna eficiente todo o processo inscrição, pagamento, criação de cursos e acompanhamento. Segue um modelo de negócio online2offline: os processos são geridos online de forma a garantir uma maior eficiência e minimização de custos fixos e assegurar uma tração saudável em termos de volumes de inscrições. A experiência de aprendizagem e partilha acontecem presencialmente. Existe uma correlação positiva e proporcional entre a geração de receitas e o impacto social do SPEAK, na medida em que um cliente pode simultanea-

167 a economia digital mente ensinar uma língua (ser Buddy) e aprender, promovendo assim o SPEAK a integração dos participantes enquanto gera receitas por esse serviço. Com este modelo, quanto mais participantes e melhor a qualidade do serviço prestado, maior serão as receitas e o impacto social junto do público-alvo. RESULTADOs O SPEAK começou em Leiria, tendo expandido para outras sete cidades portuguesas onde está presente neste momento. Em 2016 iniciou a sua expansão internacional, estando atualmente presente em Itália, Alemanha e Espanha. No total, o SPEAK já contou com mais de 6.000 participantes em cursos e 5.500 participantes em eventos, contando com uma comunidade de 151 países. O SPEAK também está em todo o território nacional com uma resposta específica para pessoas refugiadas numa parceria com o Alto Comissariado para as Migrações. Coordenação/Autoria: Luís Jerónio, Fundação Calouste Gulbenkian e António Miguel, MAZE Fundação Vodafone SmartFarmer Plataforma que permite comprar produtos agroalimentares diretamente no produtor A plataforma SmartFarmer, desenvolvida em colaboração entre a Oikos – Cooperação e Desenvolvimento e a Fundação Vodafone é um mercado digital ao serviço dos consumidores e produtores, através do qual é possível potenciar sinergias entre territórios de baixa densidade e zonas urbanas, permitindo encurtar os circuitos de distribuição do setor agroalimentar. Desafios O principal desafio da plataforma SmartFarmer é potenciar os circuitos agroalimentares e os mercados de proximidade, aproximando os produtores agrícolas dos consumidores, preferencialmente locais, sejam estes indivíduos ou entidades coletivas, oferecendo um conjunto de serviços que facilitam a vida ao produtor e ao consumidor. Tecnologia A plataforma SmartFarmer foi desenvolvida em Liferay e para os sistemas operativos iOS e Android, pode ser acedida através de computador, tablet e smartphones. O SmartFarmer disponibiliza, entre outras, as seguintes funcionalidades: Efetuar a compra e venda de produtos e serviços agroalimentares; Organizar a logística de distribuição, permitindo que os consumidores e produtores decidam sobre as modalidades de entrega do produto, desde a recolha no campo, à entrega em mercados físicos ou entregas ao domicílio. Agregar a oferta e a procura por critérios de proximidade física (do mais próximo para o mais distante); Disponibilizar cabazes de produtos para a diáspora (mercado da saudade) e pacotes de turismo que permitem a experimentação de produtos, cultura e vivências do mundo rural; Possibilitar vendas e compras através de leilões eletrónicos; Receber notificações no telefone, por parte do produtor, das encomendas que lhe forem solicitadas, agilizando o processo de recolha e entrega de frescos; Permitir a transparência relativa ao Os mercados locais de proximidade assentes em modelos de comércio eletrónico reduzem os elos da cadeia de distribuição, tendo ainda um importante papel de incentivo de práticas ambientalmente sustentáveis em portugal 2018 6. A Tecnologia na Transformação da Inovação Social

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