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A Economia Digital em Portugal 2018

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5 Qualificações

5 Qualificações Digitais As Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica (TICE) são atualmente umas das competências mais críticas nas empresas, em Portugal e no mundo. A economia digital precisa de profissionais com formação nestas áreas, mas continua a existir um gap entre as necessidades do mercado de trabalho e a disponibilidade de talentos com as capacitações desejadas. A tecnologia transformou as qualificações base exigidas aos candidatos e obrigou as empresas a acelerar a sua literacia digital. Este processo contou com a massificação da utilização das redes sociais, do acesso banda larga, smartphones e wi-fi. Uma revolução tecnológica que aconteceu primeiro na nossa vida privada do que nas organizações, o que levou a que alguns candidatos apresentassem mais qualificações tecnológicas do que algumas das empresas. Um choque cultural entre o “touch” e o “fax” que está muito ligado à entrada dos millenials nas empresas. Mas a tecnologia não desafia apenas os processos e as multigerações, o desafio das competências para trabalhar especificamente em it não é novo. O número de diplomados em ciências, tecnologia, engenharia e matemática (ctem) em Portugal é dos mais elevados entre os países da OCDE, de acordo com o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) “Education at a Glance 2017”. Mas este número elevado deve-se, sobretudo, à percentagem de licenciados dos cursos de engenharia, construção e indústria. Porque Portugal conta apenas com 1% de diplomados em tecnologias da informação e da comunicação (TIC), uma das percentagens mais baixas de todos os países da OCDE, cuja média é de 4%. Se conside-

155 a economia digital rarmos que as nossas universidades nestas áreas de competência estão nos principais rankings e que Portugal tem um dos ordenados médios mais baixos da Europa, é fácil compreender que o perfil de it é um dos mais procurados no nosso país mas que muitas vezes não sente atratividade para ficar em terras lusas. Ao reconhecer este gap entre a procura e a oferta, as empresas têm em conjunto com o Governo e com as universidades multiplicado as suas iniciativas para motivar o ingresso nestes cursos, valorizando o ensino técnico e ainda criando programas de reconversão com taxas de sucesso muito interessantes mas que partem sempre de uma base de conhecimento lógico e analítico. Apesar destes progressos, os anúncios de emprego continuam a pedir experiência nos perfis tecnológicos e as empresas a receber entre um a cinco candidaturas por vaga (sendo alguns dos CVs não aptos para o perfil). E é nessa capacidade de atração dos candidatos que há um caminho a percorrer, quer seja porque a tecnologia possibilita o trabalho remoto, quer porque a própria forma de recrutar está a ser alterada pela tecnologia ou mesmo porque as novas gerações em conjunto com as restantes estão a alterar os seus drivers de decisão em relação ao emprego. O employer brand das empresas, ou seja a sua marca enquanto entidade empregadora, vai ter um papel decisivo e a sua importância resulta da transformação tecnológica que hoje vivemos. Fundação Vodafone CiberEstudo Novo recurso de educação online A educação escolar em Portugal desenvolve-se em três níveis: os ensinos básico, secundário e superior. O ensino básico é universal, obrigatório e compreende três ciclos sequenciais, sendo o primeiro de quatro anos (1º ano, 2º ano, 3º ano e o 4º ano), o segundo de dois (5º ano e 6º ano) e o terceiro de três (7º ano, 8º ano e 9º ano). Apresentando um total de 879.538 alunos matriculados no ensino básico público (fonte: www.pordata.pt). Com a evolução da tecnologia surgem, a cada ano que passa, novas ferramentas de suporte ao ensino, sendo que a utilização de plataformas de conhecimento digitais tem vindo a dar um contributo especial na construção do conhecimento, designadamente ao nível das práticas educativas. As novas tecnologias podem funcionar como complemento ao atual modelo pedagógico de ensino evoluindo para uma base mais tecnológica, capaz de difundir em rede as informações científicas e encurtar as distâncias, proporcionando uma aprendizagem mais equitativa. A Associação Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, a Associação de Professores de Matemática e a Fundação Vodafone desenvolve- Portugal conta apenas com 1% de diplomados em tecnologias da informação e da comunicação, uma das percentagens mais baixas de todos os países da OCDE, cuja média é de 4% em portugal 2018 5. A Tecnologia na Transformação das Qualificações

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