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A Economia Digital em Portugal 2016

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a economia

a economia em portugal 2016 digital 2. Qualificações Digitais 22 AEconomia Digital, baseada em tecnologias digitais, trouxe profundas alterações aos modelos económicos tradicionais tendo ganho expressão a 1 Mapeamento da Oferta de autores como Don Tapscott e Nicho- partir de 1995, através de publicações de Educação e Formação las Negroponte. em TICE em Este novo modelo económico reforçou Portugal; a utilização das tecnologias de informação em todas as áreas, dando origem a Ana Cláudia Valente e Isabel Correia; um setor de atividade ligado às Tecnologias de Informação, Comunicação e Fundação para Ciência e Tecnologia Eletrónica (TICE) no qual é necessário e Fundação desenvolver e reforçar competências Calouste Gulbenkian; para dotar a sociedade de qualificações abril 2015 diferenciadas dentro desta área de atuação. Ao conjunto de competências específicas que permitem a procura, avaliação, criação e partilha recorrendo às tecnologias de informação chamamos Qualificações Digitais. NÚMERO DE DIPLOMADOS Inscritos em Cursos de Aprendizagem TICE 10.427 Total 33.366 Inscritos em Cursos Profissionais TICE 9.047 Total 115.885 VAGAS DISPONÍVEIS ALUNOS INSCRITOS PELA 1ª VEZ OCUPAÇÃO NÚMERO DE DIPLOMADOS Cursos TICE Total Ensino Superior Cursos TICE Total Ensino Superior Cursos TICE Total Ensino Superior Cursos TICE Total Ensino Superior CURSOS TICE OFERTA EDUCATIVA ENSINO SUPERIOR Oferta TICE - 38% Restante Oferta - 62% 2011-2012 2012-2013 2013-2014 32.201 86.640 25.971 53.044 80,65% 61,22% 29.840 87.129 30.678 81.880 19.535 51.473 63,68% 62,86% 31.942 94.264 29.335 76.849 17.878 49.524 60,94% 64,44% 33.546 94.867 Análise da Oferta Oferta Educativa Com base num estudo de 2015 1 ; as áreas de educação relevantes para as TICE incluem os cursos tecnológicos em sentido estrito (nucleares) assim como outros cursos com um forte recurso à tecnologia digital. Em 2013/2014, 2.437 dos 6.366 cursos superiores disponíveis inseriam-se nas áreas de formação TICE, verificando-se uma ampla cobertura geográfica a nível nacional (continente e ilhas). Neste período há pela primeira vez uma redução do número de vagas e de inscritos em cursos TICE que acompanha a tendência geral de redução na oferta e procura do Ensino Superior. Existe igualmente um decréscimo na ocupação das vagas disponíveis em TICE, tendência contrária face ao total do ensino superior. De realçar o aumento do número de diplomados, cujo crescimento foi superior nos cursos TICE (12,4%) face ao total do ensino superior (8,9%). No ensino secundário de dupla certificação, destaca-se a oferta de cursos de aprendizagem em alternância promovidos pelo IEFP e cursos profissionais promovidos pelas escolas secundárias onde o número de inscritos em cursos TICE em 2013 representa apenas 13% do total de alunos que procura este tipo de oferta educativa. De salientar a pouca expressão da oferta formativa TICE que não chega aos 8% de alunos inscritos. Ao nível da formação de adultos existe investimento em cursos de requalificação e formação contínua. Dada a diversidade de tipologias de oferta e entidades formadoras, não foram encontrados dados sistematizados para este segmento da oferta. População Ativa (licenciados sem emprego) De acordo com os números do Instituto Nacional de Estatística referentes a

23 a economia digital em portugal 2016 2. Qualificações Digitais maio de 2016, a taxa de desemprego global situou-se nos 11,2%, com números de desemprego jovem elevados. A população desempregada é de 640,2 mil pessoas, incluindo 124,2 mil com o ensino superior concluído. Neste grupo, o desemprego aumentou quase 4%, sendo mais grave entre os diplomados com idades entre os 25 e os 34 anos, mas constata-se que apenas 11,4% dos desempregados diplomados inscritos nos centros de emprego têm formação nas áreas TICE. Captação de Talento Estrangeiro Portugal tem apostado na captação de talento estrangeiro através de diretivas europeias para facilitar a entrada e residência na UE de investigadores e estudantes estrangeiros ou de programas como o INOV Contacto, que permite às empresas portuguesas trabalhar com jovens estrangeiros com qualificação superior. Em paralelo existem medidas para incentivar o regresso ao país de talento nacional para desenvolver empresas e alargar competências, nomeadamente no setor TICE. Análise da procura A expressão “Talent scarcity” é recorrente nos nossos dias e traduz-se na escassez do talento, motivada pelas necessidades de qualificações digitais. Um questionário conduzido pela Randstad Sourceright a cerca de 400 profissionais de recursos humanos em todo o mundo identificou que: 72% das empresas afirma que a escassez de talento já teve um impacto negativo no seu negócio; 45% acredita que existe uma ameaça à continuidade da liderança nas suas organizações e à sucessão; 82% indica que a aquisição de talento é já uma prioridade das empresas. Estes dados são confirmados com TAXA DE DESEMPREGO ADULTOS 9,9% JOVENS 27,2%

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