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A Economia Digital em Portugal 2016

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a economia

a economia em portugal 2016 digital 4.11 Media 110 Diversos grupos nacionais desenvolveram o seu negócio para uma vertente digital, promovendo serviços e produtos/ conteúdos inovadores, em linha com as tendências internacionais de euros, a rádio somou 124,8 milhões de euros (+2,1%) e o segmento outdoor 166,8 milhões (+5,5%). Principais Tendências Ao longo da última década, as tecnologias digitais revelaram-se um dos agentes de mudança para o setor de media. Verifica-se uma pressão do ambiente digital para estas empresas, levando-as a repensar os modelos de negócio e a evoluir em ambientes físicos e digitais. As tendências digitais transformam o setor de media, impactando a evolução e digitalização de três vertentes: consumidores, competição e tecnologia. Consumidores Tem-se assistido a uma explosão na oferta de conteúdos, estimulada pelo crescimento da internet e do desenvolvimento tecnológico dos dispositivos móveis. Com a evolução digital, o impacto dos conteúdos de media nos consumidores dependerá de: Proliferação de Devices: a proliferação de dispositivos móveis e o consequente consumo de conteúdos em multiplataforma manter-se-á o motor da difusão da distribuição digital; Experiência Multicanal: a difusão dos meios de consumo conduz a uma procura de experiências de consumo ininterruptas, consistente e de elevada qualidade; Direct to Consumer: o modelo de distribuição digital possibilita a interação direta com o consumidor, proporcionando-lhe uma experiência única, contribuindo para que apresente um dos maiores crescimentos de receitas entre os media; Consumidores Exigentes: o empowerment dos consumidores, centro da nova cadeia de valor dos media, fomentou a exigência relativamente à qualidade dos conteúdos e do formato ininterrupto do consumo digital em todas as plataformas. Competição O setor de media caracterizar-se-á por um aumento da competitividade, maioritariamente devido à entrada dos novos players na cadeia de valor, destacando-se: Crescimento de Oferta Over-The- Top (OTT): a oferta OTT consolidará a sua posição na distribuição, diminuindo a quota de mercado dos stakeholders tradicionais; Aumento da Despesa em Social Media: as plataformas de Social Media detêm a capacidade de aumentar a diversidade de publicidade, contribuindo para o incremento do investimento publicitário em detrimento dos meios tradicionais; Aumento da Personalização: o alinhamento entre a personalização dos conteúdos e a transmissão de publicidade one-to-one garante o foco do setor nos consumidores; Declínio dos Formatos Tradicionais: a adequação às necessidades das novas gerações passa pela disponibilização de conteúdos em formatos digitais de fácil acesso, levando ao declínio estrutural de certos formatos tradicionais. Tecnologia A evolução tecnológica tem impulsionado a digitalização do mercado de media, caracterizando-se pelo aumento da utilização das seguintes tecnologias: Cloud: assume-se como um dos vetores da digitalização e como fator disruptivo por facilitar o time-to-market, a escalabilidade, a redução de custos de operação e possibilitar a disponibilização de conteúdos de fácil acesso; Multiplatform Content Delivery: a disponibilização de conteúdos vídeo multiplataforma será essencial para acompanhar a transformação digital do setor;

111 a economia digital CURTO-PRAZO MÉDIO-PRAZO LONGO-PRAZO em portugal 2016 4.11 Media Ofertas Diretas ao Consumidor Empresas B2B (ex.: estúdios) estão habilitadas a oferecer B2C através das plataformas digitais. Mix de Produtos Maior concentração de conteúdos digitais (ex.: conteúdo vídeo digital) e add-ons aos serviços de Tv habituais. Subscrição do Modelo de Tarifação Agregadores de conteúdos oferecem uma grande variedade através de um pagamento único de subscrição. Investimento em Capacidades Móveis Investimento em plataformas online para suportar múltiplos tamanhos de ecrãs. Target de Audiências Investimento em dados para potenciar o target de audiências. Negociação de Programação Negociação de spots publicitários em tempo real. Estratégias de Personalização Utilização de dados e integração de plataformas para uma melhor distribuição de conteúdos, produtos e ofertas relevantes para os consumidores individuais. Diversificação Aumento da variedade de agentes na cadeia de valor dado o número de opções que o digital permite. User-Generated Content O uso e captura de valor proveniente de conteúdo gerado pelo utilizador irá adquirir uma importância significativa e crescente no futuro. Conteúdo Global Os distribuidores de conteúdo procuram monetizar conteúdos globais, perdendo foco na aquisição de conteúdo atualizado para cada mercado. Experiências Verdadeiramente Imersivas Tecnologias inovadoras (ex.: dispositivos de realidade virtual) fornecem oportunidades para os media capturarem valor através de serviços mais caros, e aumentar, em simultâneo, a capacidade de inovação e adaptabilidade. Internet of Things IoT possibilita constantes oportunidades para alcançar os utilizadores e colocar publicidade. Social at the Center O Social Media tem um papel crescente na transmissão de conteúdo e no seu consumo. Como resultado, os modelos de negócio mudarão para capturar esta receita. Target O volume e autenticidade de geração de dados de utilizadores permite aos proprietários de conteúdos e distribuidores um target individual e aumento das receitas publicitárias. Internet of Things: a rede de conexão de interfaces para recolha de informação permite alcançar o consumidor com conteúdos relevantes em tempo real; Analytics e Personalização da Publicidade: a recolha de informação dos consumidores permite a análise de preferências e a personalização de conteúdos. A automatização da publicidade digital otimiza e aumenta a eficácia das campanhas; Wearable Devices: representam novas formas de conetividade e uma oportunidade para reinventar o formato de difusão de conteúdos. A adoção das tendências pelos players terá diferentes ritmos, devido à capacidade de mitigação dos desafios que cada tendência representa. A adaptação dos modelos de negócio no setor dos media à digitalização a curto, médio e longo prazo poderá definir-se como se pode observar no quadro acima. As futuras estratégias das organizações devem considerar a influência do comportamento dos consumidores nas plataformas utilizadas para a distribuição de conteúdo, assim como os modelos de revenue e de advertising a adotar e que parcerias cross-industry devem seguir, de forma a construir vantagens competitivas num mercado cada vez mais digitalizado. Materialização em Portugal Consumidores: Proliferação de Devices, Experiência Multicanal e Direct to Consumer Para responder às novas necessidades dos consumidores, diversos grupos têm desenvolvido conteúdos que permitem uma utilização não fragmentada em multiplataforma, apostando adicionalmente na personalização de conteúdos, numa abordagem direct to consumer. São exemplos destas abordagens os programas televisivos “Masterchef”, “The Voice Portugal” e Reality-Shows, que se destacam pelas aplicações em second screen em tempo real (web e app), a utilização da cloud para armaze-

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