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A Economia Digital em Portugal 2016

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a economia em portugal 2016 digital 4.10 Saúde 106 a Comissão Europeia iniciou um projeto com vários stakeholders da saúde com o objetivo de identificar as barreiras à adoção de políticas mais amplas no âmbito da saúde digital. Os principais desafios associados à adaptação dos modelos de negócio no setor da saúde às possibilidades digitais incluem: Desenvolver sistemas adaptados à garantia de proteção de dados, privacidade e standards de segurança definidos Endereçar as preocupações dos cidadãos relativas à segurança dos seus dados de saúde, à qualidade dos serviços e às questões legais subjacentes Evidenciar a eficácia das soluções face aos custos associados Incrementar a interoperabilidade entre sistemas e a partilha de informação nos diferentes pontos do sistema Redesenhar os modelos de financiamento e reembolso, adequando-os aos novos serviços e formatos Criação de estratégias que mitiguem a resistência cultural dos prestadores de cuidados de saúde à desmaterialização e ao digital Regulação do digital para garantir a convivência harmoniosa no mercado dos diferentes players, formatos e modelos de negócio Materialização das tendências em Portugal Portugal acompanha estas tendências em várias frentes, com a inovação a marcar o ritmo quer nos serviços públicos, quer na iniciativa privada, com atividades alicerçadas nas novas possibilidades digitais, de que são exemplo: Portal do SNS - Área do Cidadão: O Ministério da Saúde decidiu renovar o portal de saúde, criando uma área do cidadão com o objetivo de facilitar a partilha de dados entre os utentes, profissionais de saúde e entidades prestadoras de serviços. Entre as funcionalidades disponíveis destacam-se a marcação de consultas, os pedidos de prescrição, o testamento vital e a consulta e pedido de isenção de taxas moderadoras. Gripenet: Consiste numa plataforma para monitorização e acompanhamento da gripe sazonal, assentando na participação voluntária dos cidadãos. O modelo surgiu na Holanda em 2003 e foi adaptado pelo Instituto Calouste Gulbenkian, em 2005, para Portugal. O Gripenet recolhe dados entre Novembro e Abril, que servem posteriormente para realizar a monitorização da doença. Pelas suas características, possibilita a deteção precoce de eventuais anomalias e uma captação de pessoas que recuperam da gripe sem recorrer aos serviços de saúde, com assinalável economia de recursos. T.E.M.S – Tempos de Espera Médios na Saúde: Desenvolvida pela SPMS, a T.E.M.S é uma aplicação móvel que tem como objetivo fornecer aos utentes do Serviço Nacional de Saúde os tempos médios de espera nas instituições hospitalares em tempo-real. Com esta aplicação espera-se conseguir evitar picos de procura nos serviços de urgência nos hospitais, permitindo aos utentes ponderar de forma mais sustentada a ida ao serviço de urgência de uma unidade hospitalar, privilegiando as deslocações aos centros de saúde para as situações menos graves. Farmácias Portuguesas: As farmácias portuguesas lançaram uma aplicação móvel que permite ter acesso a informação relativa aos produtos e

107 a economia digital em portugal 2016 4.10 Saúde medicamentos bem como à localização das várias farmácias. A aplicação permite também comprar ou reservar produtos e levantar posteriormente na farmácia ou receber em casa. Para além da vertente informativa, a aplicação possui também a possibilidade de alertas para toma de medicamentos, registo da evolução dos seus índices de saúde e acesso a conteúdos informativos de saúde. Conclusões A transformação digital do negócio tem assumido um papel cada vez mais relevante na dinâmica do setor da saúde para os diversos stakeholders, com consequências ao nível dos próprios modelos de negócio. A convergência de tendências como a digitalização, a exigência de valor, o crescimento do mercado da saúde e a cada vez maior pressão regulamentar está a criar oportunidades para os atores no setor e a elevar a fasquia na criação de soluções disruptivas. Num setor em plena transformação, a capitalização nas potencialidades do digital, o foco na otimização da experiência do cliente e a criação de parcerias win-win entre os players de diferentes subsetores está a incrementar o valor global gerado no ecossistema da saúde e fará a diferença na relevância dos diferentes intervenientes. Nesse quadro é igualmente importante o funcionamento de um “sistema” mais abrangente que permita que a informação alimente os distintos processos de negócio, tanto públicos como privados, que se traduzam em ações e mudanças comportamentais. Com ganhos comprovados de eficiência, produtividade e qualidade, pode prever-se que num futuro não longínquo, a capacidade de aceder à riqueza dos dados e informação existentes, e daí processar e deduzir “conhecimento” significativo, transformar-se-á numa necessidade primária para a própria subsistência do setor.• Fontes: Deloitte 2016 Global health care outlook “Battling costs while improving care”; Deloitte “Connected health - How digital technology is transforming health and social care”; Deloitte “Heatlhcare and Life Sciences Predictions 2020 – A bold future?; INE, Conta Satélite 2015; OCDE, Health at Glance, 2015; Estudos do IBM Institute for Business Value “A booster shot for health and wellness: Your cognitive future in the healthcare industry”, 2015; “The evolving promise of genomic medicine: How advanced technologies are transforming healthcare and life sciences”, 2014.

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