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A Economia Digital em Portugal 2016

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a economia

a economia em portugal 2016 digital 4.9 Turismo 100 As novas ferramentas digitais trouxeram desafios na forma como as empresas fornecem os seus serviços, tornando-se essencial que estas alinhem as suas ofertas com as exigências de um turista informado do viajante, como a Abreu em 2012, e desenvolveram ofertas de serviços integrados internos (ex.: room service) e externos (ex.: pedido de táxi; compra de vinhos), como o Grupo Vila Galé em 2016 através da app B-Guest. Neste âmbito, tanto as unidades hoteleiras como os municípios com maior vocação turística e de serviço ao cidadão fazem hoje uso avançado de redes wi-fi empresarial, diferenciadas pela inclusão de módulos de analytics que permitem analisar os padrões de utilização wi-fi por acesso. Outro exemplo é o portal web SAPO Viagens, lançado em 2016 em parceria com a Trip Advisor e que permite aos utilizadores encontrarem num único sítio na internet todas as informações relevantes e opções turísticas para planear, marcar e partilhar as suas experiências de férias. Um viajante mais informado através de plataformas digitais Em 2015 o segundo fator mais referido por turistas portugueses como o critério mais importante para regressar foi o nível de preços, apresentando-se o preço da viagem como o segundo critério com maior influência na escolha do destino Portugal por parte de turistas estrangeiros. Em linha com este facto, a presença de plataformas de comparação de preços no mercado português tem vindo a conquistar relevância, como é o caso do Trivago. Adicionalmente, verifica-se uma aposta em plataformas que permitem ao turista aceder a outros tipos de informação, facilitando a comparação das ofertas turísticas, como a app Visit Portugal, desenvolvida pelo Turismo de Portugal, que permite ao turista aceder a informação de diversas ofertas turísticas. Empresas mais capazes e eficientes na satisfação de exigências, potenciadas pela evolução tecnológica Com o crescimento do canal digital, as empresas de turismo acedem a um elevado número de dados, potenciado pelo incremento na disponibilização e interpretação de informação, como o portal Travel BI, desenvolvido pelo Turismo de Portugal, que permite o acesso a estatísticas e análises do setor, bem como os Monitors disponibilizados pela AHP, que integram e analisam informação (ex. Hotel Monitor, Future Monitor, Passenger Monitor, Travel Monitor, etc.). Adicionalmente, diversas entidades têm vindo a integrar tecnologia nas suas operações, permitindo a melhoria na qualidade dos serviços e ganhos de eficiência. Como exemplo, temos o Hotel Evolution (sistema de check-in digital e app que permite o controlo pelo hóspede de aspectos funcionais do quarto) e o restaurante Paladares da Quinta (permite efetuar pedidos através de tablets). Adicionalmente, soluções de TV Hospitality & Mobile Centric permitem a interação entre o hóspede e o hotel, disponibilizando conteúdos digitais aos hóspedes através da TV e apps. Esta interação, melhorada através do envio de templates pré-formatados de newsletters, formulários ou inquéritos, e subsequente rastreio de comunicação, permite obter conhecimento sobre o hóspede através deste interface, de modo a promover ações de marketing targeted. Economia de partilha, com novos modelos de negócio Em 2015, 21% dos turistas portugueses consideraram os websites de review como uma das três fontes de informação mais importantes no planeamento de férias. Similarmente 12% dos turistas portugueses consideraram que as redes sociais estão no top 3 dos canais mais utilizados no planeamento de férias em 2015. Verifica-se, portanto, uma crescente preocupação das entidades em promoverem a sua presença nas redes sociais, como é o caso da estratégia de comunicação digital do destino Portugal

101 a economia digital em portugal 2016 4.9 Turismo nas plataformas Google, Youtube e Facebook iniciada em 2013 pelo Turismo de Portugal. Conclusões As novas ferramentas digitais trouxeram desafios na forma como as empresas fornecem os seus serviços, tornando-se essencial que estas alinhem as suas ofertas com as exigências do turista informado. É esperado que no futuro estas promovam ofertas turísticas integradas, diferenciadas e personalizadas, capitalizando os dados sobre o comportamento do turista disponíveis via digital, e envolvendo a comunidade (economia da partilha). É também expectável que sejam mais capazes e eficientes na integração de soluções tecnológicas nos seus modelos de negócio, permitindo-lhes atingirem melhorias no nível da oferta e na eficiência das suas operações. A revolução digital irá permitir a evolução dos modelos de negócios tradicionais face ao aparecimento de soluções inovadoras no mercado, moldando a oferta e o modelo de contacto com os clientes, acrescentando valor aos serviços existentes.• Fontes de informação World Travel & Tourism Council, Economic Impact 2016; Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA); Deloitte, Atlas da Hotelaria 2015; Turismo de Portugal, Relatório Turismo em Números 2015; Passport Euromonitor (dados de Câmara Municipal de Lisboa, INE e AHRESP); Deloitte, Travel Consumer – Engaging the Empowered Holidaymaker 2015; Deloitte, Hospitality – Game Changers or Spectators 2015; Deloitte, Travel and Hospitality Industry Outlook – Interview with Guy Langford 2016; IDTOUR, Turismo & TICE 2020; Inc. (CitizenM Hotels), Inc.Magazine; EU Flash Barometer, Preferências dos Europeus em Matéria de Turismo 2016; TAP Portugal; Marktest ; Expresso, Turismo de Portugal; Comissão Europeia; Observador; Agência de Viagens Abreu; Jornal i.

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