68 33º Digital Business Congress AI’S OPPORTUNITY: A GROWTH AGENDA FOR PORTUGAL AND BEYOND KNS: Giorgia Abeltino Diretora Sénior de Políticas Públicas e Relações Governamentais para o Sul da Europa “Está toda a gente a falar da IA porque é a tecnologia que pode ter o maior impacto de sempre nas nossas vidas e na nossa economia. Está a resolver problemas, pequenos e grandes, num abrangente conjunto de setores. A IA pode ser a mais rápida máquina para a mudança” “Mas a IA traz consigo oportunidades e riscos e temos de nos focar nas duas áreas. A IA pode amplificar os riscos que já existem na nossa sociedade, como a desinformação, e criar novos problemas. A boa notícia é que também nos pode fornecer um suporte para combatermos as ameaças” “Não podemos ter apenas as empresas como a Google ou as entidades públicas ativas no tema da IA. É realmente importante que os setores público e privado trabalhem juntos para amplificar as oportunidades da IA e para reduzir os riscos. E o potencial é grande: para a Europa, a GenAI poderá gerar 1,2 biliões de euros para a economia e para Portugal 15 mil milhões. Há que investir nas infraestruturas da IA e na inovação” THE RESILIENCE OF DEMOCRATIC AND LIBERAL ECONOMIES RELY ON US KNS: Francis Fukuyama Filósofo e Economista Político “Temos de ser muito cuidadosos na regulação da IA, porque não conhecemos quais os impactos políticos e sociais que vai ter. Temos todos medos e projeções, mas não temos grande experiência com a realidade. É dificil escrever regras para governar uma tecnologia cujo impacto e perigos ainda não se percebem realmente. Não acredito que possamos definir regras que possam antecipar os efeitos futuros da IA e corremos um grande risco de restringir o seu desenvolvimento. Precisamos de nos focar nos potenciais perigos a médio-prazo, com uma aproximação cautelosa” “Estamos preocupados com as empresas privadas, que se estão a tornar demasiado grandes e muito poderosas, em termos políticos e económicos. Vimos isso acontecer com as plataformas mundiais, que têm um importante papel na nossa democracia, e nem sempre positivo. A IA vem tornar o problema ainda maior. E as máquinas são muito caras, o que significa que só o setor privado terá capacidade para utilizar estas tecnologias. Está tudo nas suas mãos. Não acredito que seja um perigo imediato, mas é preocupante saber que os governos não terão capacidade de controlar a tecnologia” “Estou muito preocupado com o futuro da ordem democrática no mundo. Um dos
grandes desafios que temos é que muitas das ameaças à democracia não são simplesmente internacionais, de países autoritários como a China ou a Rússia, mas vêm também do aumento dos populismos dentro das democracias. Há uma combinação de ameaças internas e externas preocupante. A geopolítica está a refletir-se diretamente nas políticas internas das principais democracias” Trata-se de uma questão de soberania geopolítica. Espanha já anunciou isso com a sua língua. É muito importante que haja infraestrutura de IA para esta área. Temos de trabalhar em conjunto, com um alinhamento estratégico e político. Temos de aumentar a capacidade computacional” PORTUGAL’S PRR: SHOWCASING AI FOR THE FUTURE Accelerat.ai consortium: Sebastião Villax Diretor Sénios Parcerias e Alianças Estratégicas, Defined.AI Center for Responsible AI: Paulo Dimas Vice-Presidente para a Inovação, Unbabel “O principal foco do projeto é criar valor para a economia nacional, aumentar as exportações e criar emprego. Respondendo a problemas reais da indústria. Por isso, juntámos líderes da indústria na área da saúde, turismo e retalho. Como motor de aceleração e inovação, temos um conjunto de startups de IA que produz em torno destes desafios verticais” “Juntamos 22 parceiros numa oferta já de 18 produtos que é completamente exportável, porque está na vanguarda das tecnologias. Temos três startups com mindset global e queremos trazer este mindset para as startups mais pequenas que fazem parte deste ecossistema. Temos é de ser rápidos” “Se não formos nós a preservar a língua portuguesa nos LLM, ninguém o vai fazer. “O projeto reside em construir um modelo de conversação AI em português de Portugal. Temos de ter três peças para isso: reconhecimento de voz, com dados em português transcritos; processamento de linguagem natural; e criar voz sintética. É isso que estamos a criar. A maior parte dos modelos são em conversação do Brasil e, por isso, detetámos uma lacuna no mercado e a avançámos com o projeto. Construir um modelo é caríssimo. Custa muitos milhões. Fazer de base é impensável” “Agarrar o talento especializado faz-se com inovação. Porque é esta que vai buscar o dinheiro. Estes dois projetos são altamente inovadores. Com isso, conseguimos ir buscar fundos e atrair e reter os melhores. E temos de estar constantemente a inovar, porque qualquer modelo de IA que não seja constantemente atualizado com novos dados torna-se obsoleto” “A sustentabilidade aplicada à IA transforma-se em ética. Tudo está nos dados, que têm de ser bem recolhidos e tratados. Há toda uma parte de qualidade que se tem de assegurar para garantir que os dados são altamente inclusivos”
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