SECÇÃO HEALTHY & SUSTAINABLE CITIES - NOVO NORMAL NAS CIDADES DO FUTURO NOVO NORMAL NAS CIDADES DO FUTURO Cooperação e partilha: peças-chave do futuro A pandemia trouxe aprendizagens e lições que poderão ser usadas para desenhar as cidades do futuro. A tecnologia é um acelerador da mudança, mas só um trabalho em ecossistema garantirá territórios mais inteligentes, sustentáveis e coesos. HÁ TENDÊNCIAS que foram aceleradas com a Covid -19, como o trabalho remoto ou a transformação digital, que vieram trazer às cidades novos desafios e estratégias para dar resposta ao novo normal. Antevendo-se para 2021 o início da recuperação económica e social, as regiões terão de acelerar a sua mudança. Com colaboração e partilha, o futuro do país será muito mais risonho, como mostrou o webinar “Novo Normal nas Cidades do Futuro”, realizado no âmbito da Secção Healthy & Sustainable Cities da APDC, que juntou autarcas e gestores de tecnológicas. A pandemia trouxe aprendizagens e lições que poderão ser aplicadas para o futuro das cidades. A cooperação e a partilha revelaram-se essenciais para ultrapassar muitos dos complexos desafios que foram surgindo e a tecnologia foi essencial, sendo agora o acelerador da mudança, para criar para territórios mais inteligentes, sustentáveis e coesos. Este evento juntou vários autarcas e gestores de empresas tecnoló- gicas num debate sobre os desafios e respostas ao novo normal. Miguel Pinto Luz, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais e primeiro keynote speaker, começou por destacar os três níveis de análise neste período de pandemia, desde meados de março. Numa primeira fase, viveu-se uma urgência sanitária, que trouxe quase em paralelo consigo uma urgência económica. Depois do Governo e autarquias terem respondido bem a esses desafios, começamos agora a viver uma “emergência social”, porque o impacto social da Covid-19 já se começa a sentir e vai agudizar-se e é preciso “estar atento”. Cascais teve desta a primeira hora capacidade de resposta no combate à Covid-19, lançando medidas como programas generalizados de testes gratuitos à população, criação de uma fábrica de produção de máscaras para combater a especulação de preços ou o apoio aos mais idosos e aos alunos que mais precisavam. Toda a transformação tecnológica realizada nos últimos 15
3 As várias regiões do país vão ter que acelerar a sua mudança, definindo estratégias para o novo normal do pós-pandemia. Há várias lições a ter em conta e a tecnologia será essencial. anos permitiu ainda colocar de imediato dois mil dos 3,2 mil colaboradores em casa, com o processo de inovação a manter-se todos os dias. Segundo o autarca, “a tecnologia foi fundamental” para ter a capacidade de resposta imediata à urgência sanitária, contando ainda para isso com os seus parceiros/fornecedores, de forma a reforçar onde foi preciso para “acudir a todas as necessidades”. É que, na sua perspetiva, a tecnologia não é um driver, mas “um facilitador para as políticas publicas”. Também na resposta à urgência económica, os parceiros tecnológicos foram essenciais para desenvolver rapidamente mais projetos e soluções inovadoras, como apps de apoio aos negócios que precisavam de ajuda ou de campanhas para os empresários que estão a perder dinheiro. Permitiu ainda apoiar as entidades sanitárias, com georreferenciação de testes Covid ou dos movimentos das infeções ,para que “em conjunto, pudéssemos alinhar projeções de forças no território para acudir a esta emergência”. Cascais já está agora no terreno para dar resposta à emergência social. É que o desemprego já está a crescer e, segundo Miguel Pinto Luz, “quando os programas de layoff acabarem, temos que estar atentos e ser os primeiros a responder. É esta a nossa obrigação. Vivemos
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