WEBINAR “5G – APLICAÇÕES PROFISSIONAIS E INDUSTRIAIS” Francisco Fontes Consultor Sénior, Altice Labs Desde junho de 2019, criámos com espetro experimental cedido pela Anacom, uma rede 5G completa e começámos a desenvolver atividades de experimentação, em parceria com a Ericsson. Temos várias aplicações profissionais e industriais para ver o que a tecnologia permite fazer” “A tecnologia já aí está, mas ainda tem um longo caminho para andar. Estamos a desenvolver soluções 5G com componentes próprias e de terceiro, já que a nossa área é mais do acesso. Estamos ativamente à procura de novas soluções que consigam responder às necessidades das várias oportunidades das redes privadas, como soluções flexíveis e que se adequem a cada cenário” “Há muitas necessidades diferentes e é importante caracterizá-las. No caso das empresas, há que perceber qual é o retorno esperado para determinada solução. Estamos a passar do pronto a vestir ao fato à medida. Cada empresa tem as suas necessidades e vários requisitos de disponibilidade de serviços” clientes, assim como as principais dificuldades sentidas na sua implementação. Na Somincor, a adoção desta nova solução é considerada uma grande mais-valia, sendo a montagem do zero desta rede considerado o maior desafio num processo que é uma constante aprendizagem e progressão. Já na Bosch, o grande potencial é a parte da analítica de dados, que já permitiu, só este ano, ganhos da ordem os 10% só em redução de custos operacionais na manutenção. Nelson Ferreira refere que o grande desafio foi chegar a um acordo sobre a arquitetura para a ligação entre a rede 5G e a rede empresarial, até tendo em conta que o grupo regista em todo o mundo cerca de 300 mil ciberataques identificados. Mas o 5G está também a alterar o modelo de negócio dos fornecedores, uma vez que passa a exigir o envolvimento de mais entidades. “Nas redes privadas, cada caso é particular e as soluções têm de ser flexíveis. Com uma exigência diferente”, explica Francisco Fontes. A ideia “não é apenas fornecer o espectro, mas a solução e conseguir mantê-la”, num “modelo B2B2B em que uma solução tem que prever diferentes entidades e diferentes relações sobre uma rede. Temos parcerias para completar a nossa oferta e vamos procurando as melhores soluções”. Outro desafio, na sua perspetiva, é o custo das soluções, ainda bastante elevadas. “Só um site 3,4 ou 4G custa várias dezenas de milhares de euros. Estamos a tentar baixar o custo da solução final e tornar os negócios viáveis. Não o são ainda para a generalidade das empresas”. Luís Lamela acrescenta que “há uma gama de possíveis soluções, sendo importante as empresas terem uma metodologia apropriada para,
9 Os exemplos de redes privadas à medida das necessidades de cada empresa, apresentados neste encontro, comprovam o potencial do 5G. Mas exigem sempre um trabalho em parceria em conjunto com os seus parceiros, incluindo o operador, perceberem qual é a solução adequada para o seu caso”. Para o gestor, “estamos a passar do pronto a vestir para o fato à medida. E cada empresa têm as suas necessidades”. E se hoje ainda não existe “uma receita que possa ser aplicada diretamente”, tudo passa por “dialogar muito com as empresas. Muitas vezes é um trabalho de descoberta em conjunto dos problemas e das oportunidades e como valorizamos as soluções que vão suportar a operação da empresa. Há casos muito evidentes e outros que exigem um esforço considerável. É um exercício muito desafiante, mas também muito interessante”.•
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