WEBINAR “5G – APLICAÇÕES PROFISSIONAIS E INDUSTRIAIS” Luís Correia Professor, Instituto Superior Técnico “Com a possibilidade do slicing, as redes 5G permitem o que até agora não era possível, ter redes privadas nas organizações. Com isto, uma empresa pode contratar serviços com necessidades específicas. Na cloud, as novas arquiteturas vão permitir o lançamento de novos serviços, o que é fundamental” “O 5G permite a disponibilização de um conjunto muito vasto de serviços, com características muito diferentes do que os sistemas atuais permitem, até com o 4G” “Vamos ter ainda novos tipos de terminais, mas também todo um mundo de sensores e atuadores, que vão possibilitar a extensão do 5G para muitas aplicações industriais. A nova tecnologia traz, de facto, uma autêntica revolução dos processos de fabrico, das formas de trabalho, da eficiência e de tudo o resto. É um mundo novo que vem aí” Loubna Kerfah Gestor Projeto UGMCP & Centro Coordenação Operacional, Somincor “Ter uma rede privativa permite ter segurança e redundância. Trabalhamos numa mina subterrânea e estamos a utilizar a rede em várias situações, como as comunicações ou a segurança” “Com esta rede, temos dados em tempo real e conseguimos tomar decisões em questões de produção ou de gestão de equipamentos. Permite-nos atuar mais rapidamente, ajudando na tomada de decisão, no aumento de produtividade e na área da segurança, que é o nosso pilar principal” “O facto de termos de montar esta rede do zero foi, talvez, um dos grandes desafios que enfrentámos. Neste momento, a mina está em expansão e temos que a ir acompanhando, fazendo a rede chegar a todas as frentes de trabalho. Tem sido uma aprendizagem e ainda estamos a progredir”
5 rações em geral, assim como outras utilizações das empresas”, trazendo “uma enorme revolução. É um mundo novo que vem aí”, destaca, deixando claro que será ainda essencial olhar para todas as questões de segurança. USE CASES DE SUCESSO Já há grandes empresas em Portugal com casos de aplicação de redes privadas adaptadas às suas necessidades. A Somincor é um dos casos de implementação, com o objetivo de garantir a comunicação com a operação dentro da mina, assim como a segurança e o controlo da operação. Segundo Loubna Kerfah, gestora do Projeto UGMCP & Centro Coordenação Operacional da empresa mineira, a rede permite não só a comunicação em tempo real das pessoas, como ainda a automatização de equipamentos e a segurança, através de um sistema de localização de ativos - pessoas e equipamentos - em emergência, assente numa rede de sensores. Que fornecem ainda todos os dados em tempo real, para tomar decisões em temas de produção ou gestão de equipamentos. Esta solução permite-nos atuar mais rapidamente, ajudando na tomada de decisão, no aumento de produtividade e na área da segurança, que é o nosso pilar principal”, diz a gestora. Já a Bosch tem em Aveiro uma rede 5G privada, opção que teve sobretudo a ver com a segurança da infraestrutura e a confidencialidade dos dados, como refere Nelson Ferreira, coordenador internacional de Indústria 4.0 da Bosch Termotecnologia. Um dos focos da empresa é ainda a recolha de grandes volumes de dados. “Quando falamos de IoT na área industrial, falamos de muitos dados a serem gerados em tempo real. A Bosch no mundo inteiro tem mais de 150 mil equipamentos fabris a funcionar. Em Aveiro, temos cerca de dois mil equipamentos e por cada um pode haver dezenas de sensores. Tudo a gerar dados em tempo real, para permitir analítica e, por exemplo, a manutenção preventiva e preditiva de equipamentos, que são muito caros”, explica. A particularidade do 5G do slicing permite ainda garantir a operação, nomeadamente robôs móveis a circular no chão de fábrica, em que o real time passa a ser crucial, até na perspetiva de segurança. “O poder assegurar que tenho uma camada de recolha de dados a funcionar, mas que, independentemente de tudo, asseguro o que é time critical é absolutamente fundamental no chão de fábrica”, diz o gestor, referindo ainda outras aplicações que começam a surgir, como a realidade aumentada e virtual, que poderá fornecer “ferramentas adicionais aos técnicos do chão de fábrica sobre o que está a acontecer e onde é que há problemas de informação”. Ou o vídeo, que vai surgir com um paradigma diferente, através do vídeo com contexto, que permitirá, por exemplo, controlar a matéria-prima ao longo do processo fabril, num contexto completamente automático e autónomo. MUDANÇA DE PARADIGMA E qual a perspetiva do fornecedor de serviços? “Vemos o 5G e as redes privadas como ferramentas que vão contribuir para ultrapassar dificuldades atuais ou abrir novas possibilidades para as empresas. Nesta perspetiva, temos que pensar nestas redes como um veículo para construir soluções que resolvem situações concretas, nomeadamente industriais.
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