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57 - Ciclo de Conversas Digitais

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StayAway Covid, como controlar a pandemia

CICLO COVID-19 DIGITAL

CICLO COVID-19 DIGITAL REPLY - STAYAWAY COVID: COMO CONTROLAR A PANDEMIA? José Manuel Mendonça Presidente do INESC TEC e Professor Catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto “O que nos preocupa neste momento não é a privacidade ou o anonimato, que estão completamente garantidos. O que nos preocupa é a eficácia e estamos a estudar com os parceiros europeus quais são os indicadores que a medem” “O problema não é a tecnologia, neste e em muitos casos. O problema é sociotécnico, organizacional, de pessoas e de perceções. As coisas levam o seu tempo a ser feitas. Sei que estamos numa situação de emergência e todos estamos a fazer o seu melhor para melhorar. Mas o que não precisamos é de pessoas que venham com premissas erradas tirar conclusões perigosas a propósito da polémica da obrigatoriedade” “Portugal está pronto para se interligar em breve e até aqui a parte organizacional, social e de interação é importante. Isto leva o seu tempo e vamos precisar ainda de algumas semanas ou até meses para isto estar a funcionar a 100%” Henrique Barros Presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, Professor Catedrático da Faculdade de Medicina do Porto e Presidente da IEA – International Epidemiological Association “A resposta à pandemia, mesmo num país pequeno como o nosso, deve seguir uma estratégia global e tem que ter manifestamente uma aplicação local. A natureza das medidas tem de ser adaptada ao momento em que a infeção está, para não desperdiçar recursos e capacidades” “Perante uma infeção que conhecemos globalmente há 10 meses, é necessário mover a nossa resposta em paralelo com o que vamos aprendendo. Também temos que ser mais exigentes connosco, porque há aprendizagens do passado que podem e devem ser aplicadas” “Temos de dançar um pouco em torno dos surtos, dos locais onde o vírus vai aparecendo. Fazer contenção local, às vezes com medidas mais extremas, mas manter a seiva da economia e da sociedade a correr, porque vamos viver muitas vezes no futuro com este tipo de situações”

5 difícil de orquestrar”, não só em Portugal como na Europa, não havendo ainda indicadores homogéneos que permitam fazer comparações. Trata-se, para José Manuel Mendonça, não de um problema tecnológico, mas “sociotécnico, organizacional, de pessoas e de perceções. As coisas levam o seu tempo a ser feitas. Estamos numa situação de emergência e todos estamos a fazer o nosso melhor para melhorar. O que não precisamos é que pessoas venham, com premissas erradas, tirar conclusões perigosas a propósito da polémica da obrigatoriedade da app”. Reitera também que “quando a app foi concebida, utilizou-se uma tecnologia acessível, distribuída amplamente e gratuita, sempre tendo em conta os pilares da privacidade de dados, o anonimato e o carácter voluntário”. Estas são características que trouxeram “alguns constrangimentos” como os que se estão a registar, porque foi “uma versão mínima das funcionalidades para não ferir os três pilares”. Por isso, e como a solução “funciona em plataforma, tudo leva muito tempo”. Acresce que “não tem havido esforço no sentido de dinamizar a app”, considerando que o verdadeiro esforço aconteceu agora, com a polémica em torno da intenção de a tornar obrigatória: “a dinamização da plataforma foi feita pela polémica e não pela perceção da eficácia. Infelizmente”. SIMPLIFICAR E AUTOMATIZAR Agora, há que trabalhar na simplificação e automatização, até porque há “uma falta de conhecimento generalizado de como funciona a app, que não é igual à maioria das aplicações”, mas que “tem muito mais segurança e privacidade que todas as demais apps que as pessoas tem nos telemóveis, das lojas da Apple e da Google, e das redes sociais que usam”. Aliás, destaca mesmo que o rastreio digital é até muito menos intrusivo do que o rastreio manual que está a ser feito. Para este responsável, “de repente a Stayaway Covid ficou um monstro de vigilância digital do Estado, de uma forma completamente inacreditável. É um disparate dos mais completos”, mostrando-se convicto de que o “efeito de plataforma vai-se conseguir assim que se conseguir garantir a automatização na inserção dos códigos por quem está na linha da frente e, sobretudo, tirar da cabeça das pessoas as questões do anonimato e dos dados pessoais”. Henrique Barros, tendo em conta as curvas de evolução da pandemia ao nível nacional e por regiões, considera que “a resposta à pandemia, mesmo num país pequeno como o nosso, deve seguir uma estratégia global e tem que ter manifestamente uma aplicação local”, porque a natureza das medidas tem de ser adaptada aos níveis concretos de infeção no terreno. Só assim se garante que não há desperdício de recursos e capacidades. O presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, professor Catedrático da Faculdade de Medicina do Porto e presidente da IEA – International Epidemiological Association, diz mesmo que a forma mais simples de responder à questão de saber se houve ou não uma estratégia de combate à Covid-19 é dizer que “foi havendo uma estratégia”. É que esta é uma situação totalmente nova, que conhecemos há alguns meses, e as respostas foram-se reajustando ao que foi acontecendo e às aprendizagens retiradas.

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