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54 - O Futuro com 5G na Saúde

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"Canivete suíço" para a mudança

TALKOMMUNICATIONS –

TALKOMMUNICATIONS – “O FUTURO COM O 5G NA SAÚDE” Paula Carioca Membro do Conselho Executivo, Vodafone Portugal “O 5G promete impulsionar vários avanços tecnológicos. Todos os setores vão beneficiar, mas não há dúvida de que a saúde é uma das áreas em que o impacto será mais significativo. Obviamente que será um acelerador da transformação digital e um driver da retoma económica do país” “Estamos a beneficiar doentes e prestadores de cuidados de saúde, ao permitir conectar virtualmente todos os intervenientes em tempo real, com som e imagem, graças à baixa latência e à velocidade ultrarrápida das novas redes” “Apesar das infinitas oportunidades que o 5G traz, é importante ajustar expetativas. Potrque não será uma tecnologia 100% pronta. Chegará em fases. Mas não há dúvida que o contexto em que vivemos criou uma forte mudança na forma como a tecnologia pode ser vista pelas pessoas” mas também muitos profissionais e empresas nacionais e internacionais, para construir as soluções que, no futuro, vão provocar mudanças ainda maiores”. Certo é que “o ecossistema como está hoje montado tem e vai ser seguramente repensado. Deveremos questionar se as infraestruturas que temos são as que queremos, se as diferentes camadas de saúde fazem todas falta amanhã e se são a melhor forma de lidar com o que é mais fundamental, que são as pessoas”, remata. Paula Carioca considera que existem duas ‘peças-chave’ para o futuro: a cocriação e a articulação e colaboração entre todos os stakeholders. Tudo o que será desenvolvimento de soluções nas múltiplas vertentes implicará, obrigatoriamente, um “trabalho em cocriação com os profissionais e pessoas que tem know-how, para que a utilização seja efetiva”. E estando a inovação sempre presente, será necessário articular todas as entidades, já que o 5G “implica alterações nos processos de trabalho e na organização e tem implícita a aceleração da digitalização de processos”. Para a gestora, há que “começar pequeno para depois aumentar em escala, não deixando ninguém de fora. Envolvendo os stakeholders e operando as transformações em termos de processos e organização, que têm de acompanhar a implementação da evolução que a tecnologia permite alcançar”. Os receios em torno dos eventuais impactos negativos do 5G na saúde são afastados por todos, face às evidências tecnológicas e científicas. Já no que respeita à cobertura, ficou claro que, à semelhança do que aconteceu com as gerações móveis anteriores, ficou claro que será

7 sempre um processo gradual e tendo em conta as necessidades do mercado. Até porque o país tem das melhores infraestruturas móveis e ficas da Europa e do Mundo. Questionados sobre o destino do novo pacote de financiamento europeu e das respetivas prioridades, todos defendem que se deverá avançar para uma mudança do sistema de saúde, que lhe permita tirar partido do avanço do 5G. Tratase, segundo o responsável da NOS, de um dos “melhores casos de investimento para esta nova vaga de construção do crescimento, a partir do investimento público coletivo”. Na sua ótica, “o 5G tem o potencial enorme de transformar para muito melhor os modelos de negócio de um conjunto de indústrias, de que é exemplo a Saúde. Mais informação, mais eficiência e mais valor acrescentado são uma vantagem competitiva para o nosso tecido empresarial, que naturalmente decorre deste investimento tecnológico”, além do “impacto direto na qualidade de vida das pessoas, construindo uma riqueza muito grande para o país”. Por isso, “fazia sentido haver alguma coordenação de esforços para que se dirija o investimento para o que mais faz sentido”. Criar novas empresas, melhorar a vida das empresas e dos setores de atividade e criar mais qualidade de vida para as pessoas terão de ser metas. Também a responsável da Vodafone defende a importância de “existir uma estratégia articulada entre políticas públicas consistentes, duradouras e inclusivas e o papel das organizações privadas. Só um esforço de empresas comprometidas permitirá avançar para um Portugal digital, retirando-se todos os benefícios desses investimentos”. Centrando-se especificamente no setor da saúde, o orador da Altice teme que se possa correr o risco de ter uses cases apenas no setor privado e não no público, de nada for feito. Por isso, defende “a criação de um grupo de trabalho sobre o 5G entre equipas do Governo e do privado. Sendo o 5G uma rede transversal para Portugal, para modernizar a Saúde e toda uma economia que precisa de ser acelerada, não pode acontecer que existam soluções preparadas para serem lançadas no mercado e não usar os dinheiros públicos para que isso aconteça no setor público”, alerta, defendendo a necessidade de se pensar “numa estratégia comum, alinhada com as necessidades e o interesse público”.•

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