PRINCIPAIS IDEIAS “Se não equacionarmos todo o sistema da mobilidade, nomeadamente a rede de transportes públicos e a articulação das várias formas de mobilidade, nunca poderemos ter nada próximo de uma smart citie” “A situação nos transportes é um problema económico brutal, de má alocação de investimento e do ponto de vista da balança externa. É uma disfunção, que não conseguimos resolver, que se prende com a governação. O centralismo é muito pior do que se imagina” Fernando Medina Presidente, Câmara Municipal de Lisboa “O tema das smart cities não é uma questão de escolha. Tudo tem que ser smart citie. A utilização das TIC na resolução de problemas não é uma escolha. É uma evidência e uma extraordinária oportunidade” “Temos que saber qual o projeto chave com capacidade para causar a mudança. Saber escolher muito bem o projeto e o sítio para colocar o esforço para causar a mudança é absolutamente crítico para as organizações serem bem-sucedidos” “As cidades têm que estar focadas nas pessoas. É preciso criar condições para atrair mais pessoas, mais empresas, mais talento. Criar ciclos virtuosos capazes de projetar as cidades.” “A experiência que temos ensina que é preciso é começar a viagem. É uma viagem que pode ser dada com pequenos ou grandes passos e grandes projetos transformadores. E para isso, é preciso ter uma visão, confiança e marcar um plano, um roadmap e executar. O tema da liderança é a resposta chave” António Raposo de Lima Presidente, IBM Portugal “Uma cidade será mais inteligente na medida em que consiga gerir melhor o fluxo de dados transformados em informação e em conhecimento. E com isso resolver um conjunto de ineficiências várias que todos sentimos, enquanto cidadãos” “É preciso sentar todos os stakeholders à mesma mesa. Não é um problema de tecnologia e de criação de soluções inovadoras. É um problema de vontade, visão e liderança” “A gestão de uma cidade é algo muito complexo. Por isso, tem que ser necessariamente interdisciplinar. Tem que haver cooperação entre diferentes entidades. E nessa cooperação as telecomunicações têm um papel relevante” “Falar de cidades não é apenas falar de pessoas mas de coisas. Com a Internet das coisas, podemos ter informação e interagir com os dispositivos. Recolher dados e trabalhá-los de forma inteligente torna possível melhorar a qualidade de vida das pessoas e a eficiência das organizações” Mário Vaz CEO, Vodafone Portugal “Se as cidades não são suficientemente smarts, não é por uma questão de tecnologia. E muito menos de redes de telecomunicações. É O que é fundamental, do ponto de vista do investimento, é na área do tratamento da informação. Transformar informação em conhecimento” “É preciso criar um projeto estratégico, que haja liderança e que se faça qualquer coisa. E fazer tudo de forma integrada. Não se podem duplicar investimentos. As cidades têm que funcionar em rede e coordenação entre si. Não faz sentido num país como Portugal que cada cidade esteja a fazer o seu projeto e que no final eles não possam ser interoperáveis”
9 “É preciso perceber que a questão chave é criar mais riqueza, para ter mais residentes e emprego. E, sobretudo, saber o que fazer com a riqueza criada, que é onde temos mais dificuldades. Precisamos de uma estratégia de criação de riqueza que suporte uma estratégia de sustentabilidade. As duas não se cruzam no mesmo momento” Augusto Mateus Presidente, Augusto Mateus & Associados “O Portugal 2020 mereceria que Portugal fosse não o bom aluno mas sim o grande protagonista da boa afetação de recursos, da descentralização estratégica e da seletividade. Precisamos de mudar a face de algumas coisas. Os fundos estruturais têm que ser utilizados para corrigir falhas de mercado: onde o mercado não funciona pô-lo a funcionar, onde não há mercado criá-lo” “Portugal tem legitimado sucessivamente uma aposta na utilização das oportunidades das soluções tecnológicas. Mas não estamos preparados em termos de competências, nem de organização nem em instituições” “Nada de pressas no Portugal 2020. Temos que concentrar recursos no que pode mudar a face das cidades, da especialização, da internacionalização. Se for para fazer chegar dinheiro às empresas, vai correr mal. Porque vai chegar às que precisam e não precisam. É uma questão de dimensão crítica”
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