29º Digital Business Congress TECH INNOVATION IN FOOTBALL Hugo Freitas Diretor IT, Federação Portuguesa de Futebol “O VAR (árbitro assistente de vídeo) já está ligado à cultura do futebol e veio para ficar. Fomos a primeira federação a integrá-lo numa competição feminina. A sua utilidade já não é questionada ou sequer é um tema muito polémico” “Uma das inovações que pode chegar brevemente ao VAR visa a redução dos custos do sistema, de forma a poder ser massificado. Outra está ligado aos sistemas de suporte à decisão, baseados na inteligência artificial, que possam ajudar os árbitros. A ideia é facilitar a decisão e reduzir as paragens de jogo” “Se calhar conseguimos colocar todo o processo de decisão de um VAR nas mãos de uma máquina. Mas será que queremos eliminar toda a componente humana do futebol? O jogo de futebol é, na sua génese, interpretativo e a tecnologia é meramente lógica. Por isso, o VAR tem como premissa base a mínima interferência e o máximo benefício” Bruno Oliveira Departamento de Tecnologia, Liga Portugal “O processo de criação, transferência e tratamento da informação no futebol envolvia muito papel, era essencialmente manual e dava azo a erros. Os dados eram mais difíceis de tratar e o modelo de comunicação desatualizado, com uma probabilidade de falhas grande” “Apostámos em desmaterializar e otimizar todo o workflow. A plataforma e-liga aumenta a segurança dos dados transferidos e otimiza a sua distribuição e partilha pelas diferentes plataformas, chegando a todas as partes envolvidas, dentro e fora de campo, muito mais rápido e de forma mais segura” “Para o desenvolvimento do projeto, estabelecemos parcerias críticas com parceiros tecnológicos e otimizámos a criação e partilha dos conteúdos. Agora, todos os relatórios e demais processos habituais são preenchidos, enviados e trabalhados de forma mais célere e eficiente”
39 Luís Vilar Dean, Faculdade de Ciências da Saúde e do Desporto, Universidade Europeia “A dúvida e o erro não deviam estragar o espetáculo do futebol, mas percebo que é importante reduzir a probabilidade de erro. Mas um jogo de futebol tem muitas variáveis e um comportamento mais complexo, pelo que é importante ter uma decisão humana associada” “O grande problema do VAR está longe de ser a tecnologia. O problema está no protocolo, que terá de ser afinado. Quem é que pode pedir o VAR? Quem tem a decisão? Como é que o árbitro faz para consultar as imagens? A tecnologia é muito boa, mas os protocolos é que são aplicados” “O grande papel da tecnologia vai estar na transmissão dos conteúdos desportivos. Já a expertise do árbitro está no posicionamento. Há uma grande diferença entre tomar decisões em movimento e tomar decisões em vídeo. Os sistemas de tracking em jogo são importantes ferramentas de decisão para otimização de treinos, desempenho e táticas” Nuno Filipe Miranda Diretor de Marketing e Comunicações, Eleven Sports “Temos dos melhores operadores a nível europeu, no que diz respeito às condições tecnológicas que oferece aos seus clientes. Queríamos chegar aos operadores porque têm mais de 90% do mercado e, em menos de 2 meses, chegámos aos 100 mil clientes” “A tecnologia deve ser analisada dentro e fora das quatro linhas, enquanto experiência dentro do campo. O 5G pode ajudar a promover esta inovação. E com os OTT’s, as receitas de transmissão de jogos podem aumentar em 75%” “Os novos modelos de transmissão permitem uma relação mais direta com os clientes e vão cortar os intermediários. Mas a pirataria continua a ser o nosso maior concorrente: os números podem ultrapassar o meio milhão de pessoas”
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