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43 - Digital Business Breakfast | O Futuro da Indústria Automóvel | Ao Encontro do Consumidor Digital

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28 fevereiro 2019 Pestana Palace Hotel

DIGITAL BUSINESS

DIGITAL BUSINESS BREAKFAST mudança de emprego, o casamento, uma promoção ou ter um filho. “É importante que o marketing comece a segmentar o mercado através de eventos da vida e de sinais que as pessoas dão e menos nas típicas segmentações sociodemográficas”, explica, deixando claro que o site de uma marca, em qualquer plataforma e com acesso por qualquer device, assume uma relevância fundamental: “é a fonte mais credível de informação sobre o produto”. As marcas terão ainda que perceber que o processo de compra de um carro é longo e que não envolve só necessidade e vontade. Se o online é crítico, especialmente através do acesso por telemóvel, os pontos de contacto offline também continuam a ser relevantes, com destaque para os test-drives e os conselhos da família e dos amigos. Até mesmo a publicidade continua a ter uma influência grande na decisão de compra. E destaca o papel do vídeo, tendo em conta que o estudo revela que as pessoas vêm efetivamente os múltiplos vídeos das marcas automóveis disponibilizadas no Youtube. Há aqui o que considerou ser uma verdadeira “call to action” na oferta de vídeos, que conduz a ações muito concretas, relevando que as “pessoas realmente utilizam o que lhes é disponibilizado para conhecer a fundo os produtos que estão a pensar adquirir”. ADAPTAÇÃO PERMANENTE A UM CLIENTE EM MUDANÇA No debate que se seguiu, marcaram presença representantes de duas marcas automóveis de grande peso no mercado nacional, de uma agência de meios e de uma gestora de autoestradas. Ficou claro que todos estão em processo de mudança, para responder a novos consumidores e uma nova realidade de mercado, onde os players mais disruptivos ganham crescente espaço. Admitem o muito que há ainda muito por fazer, até porque o ritmo a que as transformações ocorrem é cada vez maior, mas que esta é ainda uma fase em que a indústria automóvel está a experimentar e testar novas soluções, enquanto consegue manter o core da atividade no negócio tradicional. “O automóvel é uma indústria envelhecida. Estamos numa fase de grande mudança e de aprendizagem. Não acho que o setor tenha mudado muito até agora, mas terá que o fazer, por causa da eletrificação dos carros e das novas formas de utilização”, começa por dizer Jorge Aguiar, Diretor de Marketing da Mercedes -Benz Portugal. Para o gestor, todos os players estão neste momento “a testar, a apalpar terreno e a tentar fazer coisas novas e diferenciadoras”. Na marca que representa, é isso que está a ser feito, muito embora se continue a acreditar que “a experiência de produto é o momento mais importante na decisão de compra”, depois do consumidor pesquisar tudo através do online e mobile. Por isso, a deslocação ao stand, depois do cliente selecionar duas ou três marcas, é determinante, porque é aí que negoceia o preço e experimenta o carro. Vender carros online ainda é uma visão de futuro, mas Jorge Aguiar considera que “no dia em que começarmos a vender online, vamos vender imensos automóveis dessa forma. Aí, sim, mudará a forma de vender. Hoje, claramente que não estamos nesse momento”. Nem

5 Um estudo da Google mostra que o marketing terá que começar a segmentar o mercado por eventos da vida e não pelas típicas segmentações sociodemográficas, como explicou Frederico Costa a treinar os vendedores para esse novo cenário, que ainda deverá demorar a surgir, deixou claro. Ricardo Lopes, Diretor de Marketing da Renault Portugal, começa por destacar o que se costuma dizer na indústria: “aquilo que nos reservam os próximos cinco anos é muito mais do que aquilo que nos reservaram os últimos 50”. Não tendo dúvidas de que a digitalização também vai chegar ao produto automóvel, o gestor refere que o setor tem investido nos últimos anos sobretudo na componente tecnológica e ambiental dos veículos, para passar para uma oferta de híbridos e elétricos. Hoje, o desafio vai muito além disso, perante a constatação que os carros conectados e a condução autónoma “serão uma realidade a muito breve prazo”. E antecipa que a “democratização deste tipo de ofertas será muito rápida”, representando “uma revolução no que é a relação com o automóvel”, já que num cenário a dois anos já existirão, na sua opinião, níveis de evolução de condução autónoma bastante assinaláveis. Quem também está a realizar várias experiências e a apostar na inovação em novas ofertas é a gestora de autoestradas Brisa. “Acreditamos que as autoestradas são um campo ideal para

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