EM DEBATE simplificar a entrega internacional às empresas locais sem atrasos, através do ‘Global Shipping Program’. O que passa pela realização de parcerias com grandes grupos logísticos locais e internacionais, simplificando as entregas internacionais e permitindo aos pequenos negócios locais ter as mesmas capacidades dos grandes negócios. “Com os mecanismos certos de entrega, o comércio online tem a capacidade de impulsionar o comércio local e transformá-lo em global”, garante esta responsável. de pagamento adequados”. A Farfetch olha “para o marketing online não na perspetiva da encomenda que recebemos, mas na perspetiva do life time do cliente. Acreditamos que a costumer experience é muito importante para que o negócio online tenha sucesso. Todos os detalhes contam”. E, tendo em conta que os clientes são mais exigentes, há que garantir entregas rápidas e diversificar as opções, nomeadamente em termos de pagamentos. “Tentamos focar na inovação dos serviços aos nossos clientes”. Um dos casos de enorme sucesso mundial é o da portuguesa Farfetch, uma loja online que comercializa produtos de luxo nas áreas dos têxteis, calçado e acessórios que adotou um modelo de negócio inovador e que está hoje avaliada em mil milhões de dólares. Para Luís Teixeira, Global Operations Director e PT General Manager, “não há receitas mágicas no online. Cada caso é um caso”. No caso da Farfetch, que surgiu de uma ideia do português José Neves, assumese como um market place global e centralizado, com mais de 300 lojas vendedoras de 32 países. Permite ter mais de 125 mil items por estação de 1500 marcas e tem 450 mil clientes ativos em 180 países. E como é que se diferencia: só vende produtos de luxo; escolhe muito cuidadosamente quem pode vender na plataforma; e, não sendo o proprietários das mercadorias e apesar das encomendas irem diretamente do vendedor para o cliente, é a Fartfetch que “dá a cara”, controlando o costumer service. Sendo hoje um “negócio à escala global”, todo o projeto foi possível “porque temos uma plataforma tecnológica interligada e robusta, rápida, ágil e flexível. E desenvolvida em Portugal”. Para Luís Teixeira, “antes de sermos uma empresa de moda, somos uma empresa tecnológica. E damos muito valor às pessoas”. Ser humano, ser revolucionário, pensar global, ser brilhante e todos juntos são os motes da empresa, que está agora a começar a olhar para o mobile. Para as PME portuguesas, deixa a recomendação: “o mais importante é começar e investir em produtos com capacidade para competir no mercado internacional. E investir em marketing online. Recomendo que o façam nos market places. É o caminho certo. Qualquer empresa pequena em Portugal pode abrir uma loja num market place. É um primeiro passo para crescer e globalizar”. REFORÇAR ECOSSISTEMA COM PARCERIAS A empresa é um “fornecedor de serviços com um site próprio. E as lojas que estão na plataforma conseguem estar em todo o mundo, quando sozinhas não tinham capacidade de competir no mercado online”, por serem em muitos casos estruturas familiares, refere o responsável. Acresce que não têm que se preocupar com nada. “Só têm que comprar e preocuparem-se em vender. Nós tratamos de tudo, desde o transporte, o costumer service, os meios A “Visão dos Principais Atores da Cadeia de Valor do E-commerce” foi dada na última sessão desta Conferencia, onde marcaram presença representantes dos vários players do ecossistema - desde as marcas, à logística, passando pela tecnologia, pagamentos, tecnologia e estratégia - num debate moderado por Miguel Eiras Antunes, partner da Deloitte, onde se debateram os fatores críticos de sucesso e o futuro. Sendo o negócio cada
7 vez mais global e em concorrência, as empresas terão que avançar rapidamente para o e-commerce e para uma oferta que aposte na mobilidade. Num futuro que é cada vez mais digital e móvel, terá que se manter contudo uma oferta e uma presença no mundo offline. As parcerias na cadeia de valor assumem-se como fundamentais para ganhar escala e mercado. levá-lo a usar o online. “Quanto mais clientes tivermos no digital, mais mercado teremos. O problema hoje é de escala”, diz o responsável da Redoute. Que recomenda que, tendo em conta que “o cliente é o rei”, há que saber o que é que ele quer numa compra online. E a simplicidade da compra é a principal. Por isso, “a oferta tem que ser simples e centrada nas suas necessidades. Para garantir que ele volta”. E Portugal tem um grande potencial de crescimento no e-commerce. Como destaca Paulo Pinto, Diretor Geral da La Redoute, se o país tem tecnologia para poder ir muito mais além, ainda não tem players fortes em número significativo para fazer crescer o mercado. “E os poucos que existem têm desenvolvido um papel de evangelização do digital”. Mas se é preciso ter mais atores, sejam eles locais ou internacionais, o facto é que a aposta no digital implica um grande investimento. E o retorno não é imediato, porque “é preciso investir em plataformas e em marketing digital. E saber esperar”. Além das barreiras do lado da oferta, acresce que “há que mudar as mentalidades do nosso consumidor”. Quem entra na cadeia do digital sabe que tem que procurar a satisfação do cliente, mas o problema é Concordando com a opinião de Paulo Pinto, Miguel Fernandes, Diretor de Vendas Portugal da PayPal , destaca que é mais fácil para uma marca que nasce digital estar preparada para o comércio global do que os retalhistas que nascem localmente e têm que dar o passo para a internacionalização. Por isso, a génese da fundação da PayPal, em 1998, esteve na eliminação das barreiras do e-commerce, trazendo simplificação e segurança às marcas no e-commerce. Além se ser facilitadora e de aumentarmos a agilização de todo o processo de compra. “Se o cliente não tiver segurança, não vai efetuar a compra. Todo o investimento, cada vez mais pesado, que existe ao nível do marketing digital, acaba por ser em vão, se o investimento não é feito em toda a cadeia de valor”. No digital, há que ter em mente que “são cada vez mais raros os silos de retalhistas que hoje não têm concorrência global”. Casos sucesso e-commerce
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