DIGITAL BUSINESS DINNER RESERVADO Rogério Carapuça destacou a importância da realização destes encontros reservados e mais informais, que visam reforçar laços e aproximar empresas das TIC e Media e entidades ou organizações garante “uma presença de qualidade nas intervenções, assim como estabilidade” nas áreas de serviços partilhados, desenvolvimento das áreas de negócios financeiros, recursos humanos e contas públicas. “A ideia da eSPap, como entidade de serviços partilhados, sai reforçada. O que não significa que deixará de abordar outros temas”, deixa claro. Assim, na área de serviços partilhados de compras públicas, a meta é consolidar a sua prestação dentro da Administração Pública (AP) e o desenvolvimento de novas áreas em modelo piloto. Este é o core desta entidade, onde a aposta passa por alterar a abordagem tradicional, melhorar processos e normalizá-los dentro do Estado, abandonando-se a lógica de temas setoriais. “O nosso posicionamento é converter o normativo legal num conjunto de processos o mais transversais possíveis, com ganhos de escala e capacidade de intervenção”, diz o orador, admitindo que isso coloca a organização “numa posição bastante desconfortável”. É que está sempre entre o Governo e as múltiplas entidades e serviços da AP. São “dinâmicas que teremos que continuar a gerir. Diria que faz parte do jogo e nada disto se vai alterar. O que temos muito claro na nossa estratégia é que temos que ter plataformas transversais, processos normalizados e capacidade de ganhar eficiência com a escala”, afirma o líder da eSPap. Trata-se de um verdadeiro” desafio, um exercício difícil”, tendo em conta a dimensão (milhares de organizações e centenas de milhares de trabalhadores) e elevada complexidade de ter muitos setores representados. Mas o facto é que “vivemos hoje num contexto onde nos pedem projetos mais ágeis, mais fáceis, mais rápidos. Na AP, temos o problema de uma estrutura de organização com um conjunto de questões, algumas delas culturais, e uma lógica de funcionamento hierárquica e formal. O desafio é entregar coisas numa lógica ágil de funcionamento. Esta é a situação em que nos encontramos e é nela que teremos que saber atuar”, acrescenta.
5 César Pestana deixou claras as áreas de atuação da eSPap e a aposta na eficiência e agilização dos processos transversais no setor público, sempre com uma lógica de criação de valor E há “capacidade e possibilidade de fazer este projeto”, garante César Pestana, desde que se faça uma análise custo/benefício, uma aplicação rigorosa dos recursos e um desenho de processos com normalização: “é esta análise que tem que ser feita em cada momento, quando tomamos uma decisão fundamentada para um conjunto de projetos”. O líder da eSPap referiu ainda o “contexto legal em mudança”, o que torna mais complexa a tarefa. Por exemplo, os impactos das alterações ao Código de Contratos Públicos, realizada em agosto de 2017, ainda não estão todos identificados. Acresce o facto de se assistir a um aumento de litigância, em consequência das alterações legislativas. Outro desafio é o de saber como se vai introduzir o modelo de arbitragem na contratação pública, embora admita que a organização é bastante desafiada para intervir em várias áreas e em muitos projetos de diplomas, dada a amplitude da sua intervenção, que vai desde as tecnologias à contabilidade pública, aos recursos humanos ou às compras públicas. GANHAR ESCALA É PRIORIDADE Nesta última área, destaca o trabalho que tem sido desenvolvido na integração das compe-
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