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Digital Business Dinner Reservado Unir esforços na cibersegurança é prioritário O reforço da cooperação e das parcerias entre as entidades públicas e o setor privado é a resposta mais eficaz para garantir elevados níveis de cibersegurança no espaço nacional. Só por esta via se poderá criar um verdadeiro ecossistema e tirar partido das muitas oportunidades que existem, no âmbito de um quadro legal que estará completo e em vigor até final do ano. Com as empresas TIC já estão a ser identificadas áreas de colaboração. A nova versão da Estratégia Nacional de Segurança no Ciberespaço (ENSC) está a ser ultimada e a lei que transpõe para o ordenamento jurídico nacional a Diretiva europeia SRI (Segurança das Redes e dos Sistemas de Informação) já foi aprovada pelo Parlamento. Até final do ano, estarão criadas todas as condições para garantir a segurança online no mercado nacional, como garantiu o diretor-geral do Gabinete Nacional de Segurança (GNS), o Contra-Almirante António Gameiro Marques, que foi o orador convidado de um Digital Business Dinner reservado, que decorreu a 9 de julho. Neste encontro participou também o novo coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), Lino Marques, assim como os líderes das principais empresas das TIC e Media do mercado nacional. O objetivo foi encontrar novas formas de partilha, colaboração e de estreitamento de relações entre o GNS, enti- dade responsável pela segurança da informação classificada nacional, e o CNCS, organismo que funciona na esfera do primeiro, tendo a missão de garantir a cibersegurança nacional. O líder do GNS começou por apresentar os traços gerais da nova Estratégia Nacional de Segurança do Ciberespaço (a primeira versão foi aprovada em meados de 2015), onde se estabelecem os objetivos e linhas de ação com vista a uma eficaz gestão de crises, à coordenação da resposta operacional a ciberataques e ao desenvolvimento das sinergias nacionais e internacionais. DEBATE ABERTO DA PROPOSTA Na nova versão, foi alargado o debate a todos os intervenientes dos setores público e privado, estando o processo já concluído e a proposta entregue à tutela, a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel
3 O Diretor-Geral do Gabinete Nacional de Segurança apresentou as linhas gerais da nova Estratégia Nacional de Segurança do Ciberespaço, onde o debate foi alargado aos intervenientes dos setores público e privado Leitão Marques. Agora, “estamos prontos a receber contributos e a debater a proposta”, se for levada a consulta pública, porque sendo um documento nacional, tem que ser inclusivo e resiliente, destacou este responsável. O documento tem três grandes objetivos estratégicos que se pretendem alcançar, a começar pelo que é considerado por António Gameiro Marques como o maior desafio: a captação e retenção de talento na cibersegurança. “Para nós (GNS/CNCS) é muito difícil competir nesta área. Já identificámos as nossas diferenças positivas e é nelas que temos que investir”, refere. Promover a investigação, desenvolvimento e inovação, com ligação à indústria, sendo o GNS/CNCS um “broker entre as universidades e a indústria, no sentido de promover o desenvolvimento de novas ideias”, é outro objetivo definido. Nesta área, prevê que seja definido até outubro um plano no sentido de desenvolver nas várias universidades nacionais áreas específicas de cibersegurança, numa lógica de complementaridade entre elas, evitando-se a replicação de projetos. Maximizar a resiliência do Estado e do país, no contexto de potenciais ciberataques que possam vir a surgir é o terceiro objetivo estratégico. Para concretizar estes objetivos, o orador explica
