Digital Business Breakfast O objetivo do Executivo é dar condições de contexto ao sistema de mobilidade de pessoas e de transportes de bens, porque este é crítico nos processos de criação e distribuição de valor, diz o secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes incremental da mudança, não tenhamos dúvidas de que ela será disruptiva. Os números mostram-no, nomeadamente nos veículos elétricos. Quem está no negócio sabe disso”. Assim, e tendo em conta que a digitalização está a chegar às infraestruturas tradicionais, numa fusão entre o físico e o digital, “é preciso trabalhar muito no match entre a oferta e a procura em tempo real, com desmaterialização de processos de decisão e disponibilização de soluções”. E há “uma panóplia delas”. No caso das medidas de incentivo do Governo, destaca o investimento de cerca de 40 milhões de euros na mobilidade mobilidade elétrica, seja no apoio à aquisição de veículos ou na rede de carregamento, ou o programa de renovação de autocarros, de mais de 150 milhões de euros de investimento, e a expansão dos metros de Lisboa e Porto. Ao nível da regulação, as iniciativas também passam por serem “enablers de novas soluções”, apesar destas áreas embrionárias “mexerem muito com os incumbentes”. A lei dos transportes em veículos despersonalizados, conhecida como a Lei Uber, por exemplo, é um “avanço importante também para o setor dos táxis, que começam finalmente a perceber que terão de sair de um estado de alguma fossilização”, diz o secretário de Estado. Que cita ainda as alterações à lei do rent-a-car, que permite introduzir os modelos de sharing, como carsharing e bikesharing, estando já a ser trabalhados modelos de incentivo fiscal para os utilizadores destas modalidades. DISRUPÇÕES DOS NOVOS PLAYERS Como avança Miguel Leocádio, Executive da Novabase, a aceleração tecnológica está a “mudar o paradigma que conhecemos de mobilidade” e a multiplicação dos exemplos de investimentos avultados comprovam-no, antecipando-se verdadeiras disrupções. Casos como a parceria da Uber com a NASA no desenvolvimento de software para a exploração do espaço aéreo de baixa altitude, tendo em vista os táxis aéreos, do Hyperloop de Elon Musk, que promete ligar cidades em menos de 30 minutos, ou dos carros autónomos que começam a surgir e muitas cidades mundiais mostram a dimensão desta mudança. O gestor entende que os transportes públicos
5 Miguel Leocádio, Executive da Novabase, falou dos desafios de transformação digital nos transportes público, destacando que se as grandes inovações chocam com o mundo real, este terá que se adaptar “têm e vão continuar a ter um papel fundamental na mobilidade urbana, regional e nacional, com impacto na qualidade de vida das pessoas”, assumindo um papel social muito relevante, assim como respondendo às questões ambientais, cada vez mais prementes. Mas este é um setor que terá, também ele, que saber responder à mudança, tendo em conta que “a experiência de mobilidade é hoje o fator determinante”. Sendo a personalização crítica, a inteligência artificial e o potencial dos dados são tendências relevantes. “Acredito que os transportes públicos serão cada vez mais posicionados como assistentes de mobilidade, oferecendo um conjunto de serviços diversificados e cada vez mais completos, para dar valor à experiência dos seus clientes”, acrescenta. O que implica uma gestão em tempo real pelos operadores, uma oferta dinâmica e on-demand e novos modelos de negócio, nomeadamente com cross selling de serviços. Estes são temas centrais a que os operadores já estão atentos e a trabalhar, uma vez que a digitalização é essencial. Mas as velocidades entre os vários players são muito distintas, como ficou evidente no debate sobre a Mobilidade em Contexto Urbano”, moderada por João Tomé (Dinheiro Vivo). VELOCIDADES DISTINTAS No grupo estatal Transtejo/Soflusa, o foco está no cliente. Mas a transformação para o digital, ainda que seja absolutamente essencial, está só
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