31º digital business congress trazer ao conceito de velocidade e de tempo é impressionante. Este nível de mudança vai continuar e será absolutamente assombroso.”. E deixa a mensagem: “A ambição do digital é muito veloz, mas a capacidade de transformação do mundo precisa de tempo. Há um choque entre estes dois valores. A maioria dos problemas modernos são complexos. Transformar é difícil e mudar ainda mais. PESSOAS NO CORAÇÃO DO PROGRESSO O papel das pessoas, que deverão estar no “coração do progresso digital”, foi destacado por Shivvy Jervis. Esta tech futurist antecipa que “o digital e a inovação devem levar-nos para a humanidade 5.0, a próxima vaga de progresso centrada no ser humano” e, por isso, há que “colocar as pessoas no centro da tecnologia”, usando esta para antecipar a forma como as mudanças poderão afetar as nossas vidas. Afinal, o futuro “não é um cenário longínquo. O amanhã é já hoje e está a moldar a next thing”. Mas qual será a qualidade da democracia, nesta era cada vez mais digital? Daniel Innerarity, Professor de Filosofia Política e Social, considera ser crítica para a defesa das democracias a proteção do pluralismo e a diversidade de valores e opiniões. Já a tecnologia traz consigo a ameaça da simplicidade, ao diminuir a “complexidade através da redução das formas de conhecimento”. Por isso, “a compatibilidade entre democracia e IA depende dos políticos. Tem de ter em conta o contexto onde fazemos, com algoritmos, expondo-a à contestação e crítica”. Tema cada vez mais na agenda mundial e que constitui a grande ameaça à soberania digital é a cibersegurança. Alex Younger, ex-chefe do MI6, diz que o problema não é a tecnologia e o digital, mas sim as pessoas: “São pessoas que atacam pessoas, não nos devemos esquecer disso”. Não tendo dúvidas de que se assistirá a “um aumento de competição geopolítica entre Estados, que será mediada pela tecnologia”, diz que a cibersegurança se está a tornar num “elemento cada vez mais importante nas relações entre Estados”. Por isso, “os governos devem tentar criar uma framework comum e reagir em conjunto a ciberataques”. Uma das grandes tendências tecnológicas do momento é o metaverso e as tecnologias imersivas, que prometem mudar o mundo e que estão na mira das big tech. Charlie Fink - XR’s explainer-in-chief, colunista da Forbes e autor de ebooks sobre realidade aumentada, assegura que o metaverso “ainda tem muitos obstáculos” até se tornar realidade. Entretanto, e para preparar “o futuro digital com o metaverso”, há que programar, desenvolver e educar as pessoas para trabalhar com as novas ferramentas. Governance e organizações descentralizadas, assim como regulação, serão essenciais. Para já, e quando a pandemia veio acelerar a necessidade da transformação para o digital, nem tudo é um ‘mar de rosas’. Michael Wade, professor de Inovação e Estratégia e professor e diretor do Global Center for Digital Business Transformation, do IMD, assegura que 87% dos programas de transformação digital das organizações que estudou falharam. Porquê? Porque ainda se pensa da forma tradicional: foco no digital apenas por ser digital; foco nos disruptores e não na disrupção; e gestão do digital por silos. Deixa claro que estamos a falar de um “constante processo de evolução. É trabalho duro, é transformar ideias em soluções”.
5 Na abertura do Congresso, Marcelo Rebelo de Sousa considerou este “um novo ciclo político que começou um pouco atropelado pela pandemia e pela guerra” Para Carlos Moedas, as empresas têm a responsabilidade de nos levarem ao futuro, mas quem traz o futuro às pessoas é a cidade
55 APDC TEM NOVOS SÓCIOS HONORÁRI
57 2ª EDIÇÃO DO BEST THESIS AWAR
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