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31º DIGITAL BUSINESS CONGRESS

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31º

31º digital business congress TALK Nicolau Santos, Presidente da RTP “Os operadores passam, como outras empresas, por algumas dificuldades. Com o disparar dos custos da energia, da inflação e da guerra, que exigem um esforço importante. Não sei se é uma tempestade perfeita para todos, mas é uma tempestade. Fazer boa informação custa muito dinheiro. E o mercado publicitário nunca recuperou do trambolhão de 2008” Pedro Nuno Santos, Ministro das Infraestruturas e da Habitação “Portugal é dos países da UE com maior cobertura de redes de elevada capacidade. Mas o país não está totalmente coberto. A importância das redes justifica que o governo assuma a responsabilidade de cobertura total da população com redes gigabit. Por isso, investirá na implementação de redes onde os operadores não investiram ou não têm intenções de investir” “Para o digital ser rentável, há uma questão de escala, que é fundamental. O problema é que escrevemos em português e a nossa escala é menor do que qualquer site ou jornal que escreva em inglês, ou seja, de uma economia muito forte. O nosso target é relativamente reduzido e isso, em termos de receitas, não é fácil” “Quando não os podes vencer é melhor aliar-te a eles. Portanto, é isso que tem vindo a acontecer. É possível fazer hoje conteúdo que passa nas áreas tradicionais e que tem um grande impacto no streaming ou nas redes sociais. Estamos a tentar fazer alianças com a Netflix, HBO, RTVE ou com a televisão da Galiza, para nos permitir potenciar as diferentes plataformas” “O governo conta com todos, operadores, regulador e autarquias, para lançar o respetivo concurso público até ao final deste ano. Queremos aproximar-nos do país em que desejamos viver: totalmente coeso, sem clivagens digitais e onde todos têm o mesmo acesso a estas redes” “Somos condicionados pela nossa geografia, mas não somos dela prisioneiros. Com os cabos digitais, podemos explorar as potencialidades únicas da nossa localização geográfica. A nossa costa tem excelentes condições para instalação e operação de cabos submarinos e tem ganho projeção crescente, com vários projetos nos próximos anos. As infraestruturas digitais, os centros de dados ou as redes de capacidade elevada servem para tornar a economia mais forte e melhorar as condições do país”

49 THE STATE OF THE NATION OF COMMUNICATIONS Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal “Todo o investimento nas redes de telecomunicações foi feito até agora por privados. Acho que é o momento de os atores públicos criarem as condições e as medidas para investir nas zonas brancas e não deixar ninguém para trás. Todos estamos disponíveis para procurar soluções” “É uma pena que no leilão do 5G tenham promovido a entrada de novos operadores. Nenhum de nós teme a concorrência, mas colocar mais players no mercado, com condições privilegiadas face aos que já cá estão a investir, parece-me que cria um desequilíbrio crucial e que vai penalizar ainda mais a nossa capacidade de investimento no futuro” “Em algumas matérias, temos regulação a mais. Precisamos de reguladores que não tenham crenças do século passado, que não impeçam que o setor cresça de forma sustentável. Sempre que o mercado esteve menos regulado, conseguimos atrair mais investimento. Assumimos investimentos para durarem muitos anos e precisamos de previsibilidade, de saber como e quando haverá retorno” Miguel Almeida, CEO da NOS SGPS “Cerca de 50% do tráfego de redes da NOS tem origem em três plataformas: Netflix, Google e Facebook. O que pagam para utilizar a nossa infraestrutura é zero. Mas é mais grave que isso: estamos a cumprir a net neutrality e pagamos quase 100 milhões de euros por ano em taxas regulatórias. Estas empresas pagam zero, quando faturam num dia aquilo que de forma agregada nós não faturamos num ano. Tem a ver com a inércia legislativa ao nível europeu” “Todos sabemos a importância do 5G na transição digital e os governos com perspetiva estratégica garantiram um investimento sustentável. Em Portugal, fez-se o oposto. Criou-se o mecanismo perfeito para desincentivar, a partir de uma regra absurda, imoral e ilegal, de expropriação de ativos privados em benefício de outros que nada investem. É uma questão estrutural perigosa, porque não é recuperável. Ainda vamos a tempo de mudar” “Os operadores adaptam-se e vão continuar a criar valor, mesmo que pouco. Quem vai pagar a fatura de não termos condições para fazer uma transição digital com sucesso vai ser o país. O 5G é um pilar fundamental e não havendo condições para a criação de um ecossistema dinâmico de inovação, vai ser difícil que estejamos na liderança digital”

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