Digital
Digital Business Dinner Reservado exemplo o regresso do SIMPLEX, que permitiu já a implementação em 2016 de muitas medidas com impacto na vida diária de todos, com a necessária avaliação das medidas e do seu impacto. “Sabemos que o que é novo hoje, será velho amanhã. E que há sempre oportunidades de incrementos e de melhorias, assim como oportunidades radicais, com tecnologias que hoje têm um potencial disruptivo muito grande, como a IoT ou a inteligência artificial”, destacou. Neste âmbito, o potencial de investigação que está a ser feita nas Universidades poderá trazer grandes melhorias no apoio à decisão nas diferentes áreas públicas. “Muitas das empresas já se centram na análise preditiva no seu negócio principal. Mas na AP esse casamento está menos avançado. Estamos na fase do namoro, pelo que precisamos de experimentar para poder também aproveitar este potencial da nossa comunidade científica para decidir melhor e com mais segurança e melhorar algumas das nossas políticas públicas”, acrescenta a governante. Que não tem dúvidas de que “as oportunidades são muitas, tal como as dificuldades em escolher por onde vamos prioritariamente, porque há muitas áreas de atuação”. Por isso, “o trabalho conjunto ajudar-nos-á a escolher e a experimentar. Ter laboratórios da AP parece uma coisa estranha para muitos funcionários públicos, mas é preciso experimentar, porque sabemos que vamos errar. Essa é uma aprendizagem que a AP precisa de fazer”, diz a responsável pelo processo de modernização e digitalização do Estado. É que também na AP há que ter consciência de que quem inova vai A revolução digital é, para o presidente da APDC, “inevitável e inexorável”. Vai acelerar e transformar tudo, pelo que o país tem que se preparar para o futuro. errar e falhar, não vai acertar sempre, tal como acontece no setor privado. Esta é uma área onde “precisamos todos de colaborar, envolvendo os nossos parceiros - os centros de investigação, públicos ou privados, e experiências do setor privado que possam ser replicadas e recriadas no público”. COMPETÊNCIAS EM COCRIAÇÃO Mas é no terceiro desafio comum, o das competências, que Maria Manuel Leitão Marques considerou estarem os maiores desafios. Começando por destacar que a APDC é, neste âmbito, um “parceiro essencial”, considera que trabalhar
5 O talento é um tema muito difícil no setor público, dadas as restrições legais e orçamentais. Mas a ministra adianta que já foram feitas algumas mudanças e está confiante no futuro, embora o ritmo de desenvolvimento não seja o desejável em conjunto em matéria de inovação é “sempre um trabalho de cocriação, para diminuir o risco de não adoção das tecnologias”. Até porque este é problema de todos, embora seja mais difícil de resolver no setor público. Neste âmbito, destacou o que está a ser feito através do programa nacional INCoDe.2030 nos seus cinco eixos distintos, lançado em conjunto pelo Executivo com a sociedade civil. O eixo da Inclusão é “uma questão de cidadania. A exclusão digital deixa as pessoas de fora da interação no mundo atual”, diz a governante. Tendo Portugal 26% dos cidadãos excluídos, há que trabalhar com grande proximidade com as autarquias, sobretudo as freguesias, e com associações, para “vencer esta batalha e chegar a números aceitáveis”. Nesta área, está já analisar- -se a forma de colocar wifi em todas as juntas de freguesia e a desenvolver vários projetos-piloto, nomeadamente com a ANAFRE. “Estamos lançados, mas ainda estamos longe da meta a que queremos chegar”, disse. Já no que respeita ao eixo da Educação, que se traduz num “investimento no futuro”, preparando tanto os jovens que já frequentam as escolas como os que se preparam para entrar no sistema de ensino, também já há projetos em curso. Como reforçar as disciplinas TIC lecio-
