DIGITAL BUSINESS DINNER
DIGITAL BUSINESS DINNER “A nossa estratégia é ter um papel muito ativo nos conteúdos” Telecomunicações, conteúdos e publicidade são os três pilares da estratégia da Altice para todos os mercados. Incluindo Portugal, onde quer dar o salto em frente com a compra da Media Capital, tendo em conta que os conteúdos são fundamentais para a diferenciação da oferta, diz o chairman e CEO da PT. Paulo Neves vê a nova mudança de marca como uma evolução natural num projeto que tem como meta a liderança absoluta em todos os negócios. Paulo Neves foi o orador convidado do terceiro Digital Business Dinner da APDC, num debate moderado por Filipe Alves, do Jornal Económico. Começando por responder à questão da forma como vê a PT nos próximos anos e como o grupo se pretende posicionar face à concorrência, o gestor foi claro: “vejo uma empresa no mercado convergente, em linha com o que é a estratégia da Altice. Um grupo que está em crescimento e que aponta para três pilares fundamentais de atividade: telecomunicações, conteúdos e a publicidade”. Estes pilares assentam no “desígnio principal de oferecer as melhores soluções aos segmentos onde atuamos”, com o reforço da aposta no investimento, na inovação e na qualidade de serviço. “Foi o que dissemos há dois anos atrás e que estamos a fazer”, garante o Chairman e CEO da PT. Detalhando a estratégia para cada uma das áreas, refere que, assumindo-se como um operador global, a PT disponibiliza nas telecomu- nicações não apenas uma oferta tradicional, mas um leque de serviços e soluções de TI que permitem a transformação digital das empresas. A publicidade foi reforçada recentemente com a aquisição pela Altice da Teads, uma das maiores multinacionais de publicidade digital, detendo o grupo em Portugal, através do portal Sapo, uma posição de destaque. Os conteúdos são um “pilar”, onde a Altice, “já demonstrou a sua capacidade”, diz Paulo Neves, dando como exemplo os mais de 1500 jornalistas dentro do grupo, os canais de televisão e jornais em França e a produção de conteúdos em Israel. A meta é ter uma “oferta de uma solução global e convergente que responda ao que o cliente precisa, quer empresarial quer residencial”. A plataforma da MEO já disponibiliza também conteúdos exclusivos do grupo. A compra da Media Capital representa para o gestor um salto em frente. “Temos a nossa estratégia, que é ter os conteúdos. Os outros terão a estratégia deles”, comenta, referindo-se às afir-
3 “Temos a nossa estratégia, que é ter os conteúdos. Os outros terão a estratégia deles”, avançou Paulo Neves, ao comentar a intenção de compra da dona da TVI pela Altice mações da concorrência sobre o controlo de conteúdos por operadores ser a aposta errada. “A nossa estratégia é ter um papel muito ativo nos conteúdos. Consideramos que é um elemento fundamental naquilo que é a diferenciação da oferta”, deixa claro. NOVA MARCA É PRESTIGIANTE Sobre o anúncio da adoção da marca global Altice, o líder da PT considera tratar-se de uma alteração normal e uma “evolução natural que tem que ser feita”, à semelhança do que a própria PT fez nos últimos anos, nomeadamente com a marca MEO, cuja notoriedade é reconhecida. Mais do que uma mudança da marca, o grupo está pela primeira vez alinhado com uma estratégia comum, anunciada a 23 de maio, em Nova Iorque. “É algo muito prestigiante” e que “temos muito orgulho”, permitindo funcionar “como um grupo global e com ações muito especificas na forma como queremos atuar”. E o gestor considera que a equipa está a responder com mais dinâmica: “Estamos de parabéns. É um privilégio estar no grupo e foi o melhor que poderia ter acontecido para o desenvolvimento da PT”. Considerando que a Altice tem “a estratégia correta”, antecipa que o mercado fique cada vez mais consolidado no futuro. Tendo Portugal
