APDC DIGITAL BUSINESS MOVIES CO-PRODUCED BY NOS LUÍS MONIZ PEREIRA PROFESSOR DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO E DIRETOR DO CENTRO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA “As máquinas estão cada vez mais sofisticadas e autónomas. Temos que garantir que, uma vez que vão conviver connosco, se comportam de um modo gregário e em colaboração” “Cabe-nos saber programar as máquinas, os robots e o software, para serem mais éticos” “O progresso tecnológico cria problemas que não sabemos se ainda temos capacidade de resolver. Mas temos que os enfrentar. Temos que tentar” “Não estamos a endereçar a questão das leis que se debruçam sobre a utilização da tecnologia em áreas como os carros autónomos, data mining, o big data, a IoT. Os próprios juristas não estão a olhar para o assunto” “Ainda estamos muito longe de uma simbiose com as máquinas. O problema não é tanto das máquinas nos conquistarem, mas de dar-se poder a máquinas que ainda são muito imperfeitas” Estamos a comunicar sem construir em conjunto. Sem fazer a simbiose. É uma soma de coisas. Todos os problemas da vida se resolvem com colaboração. É a questão do egoísmo versus o altruísmo
9 Ana Gonçalves Pereira, Diretora Executiva da APDC, e Diogo Sousa, Communications Manager da NOS, foram os mentores deste novo formato de iniciativas são também mais criativas”. Um dos temas que destaca é a alteração drástica na forma das pessoas se vão preparar para as profissões do futuro. “Daqui a 20 ou 30 anos, as profissões mais relevantes do mercado serão as mais criativas. Vamos trabalhar menos” garante, pelo que a sociedade “terá de encontrar novos modelos e formas de fazer com que a economia funcione”. No fundo, saber como se vai “conseguir distribuir a riqueza”. Aqui, tudo dependerá das “opções tomadas enquanto sociedade”, acrescenta Luís Moniz Pereira. “Estamos a criar mais problemas do que a sociedade pode resolver e o que temo é que quem lucre sejam os do costume”. Para este responsável, terão que existir “escolhas morais. A moral vem de cima para baixo, impondo-se, e não de baixo para cima”. Será essencial, por exemplo, que uma máquina com inteligência artificial saiba explicar os motivos das suas ações e a forma como lida com situações imprevisíveis, que tem que ser feito “de acordo com regras, o que não acontece com o software atual”. Mais uma vez, Celso Martinho tem uma visão mais otimista. Destacando não ser “inteiramente verdade que não se esteja a lidar com as questões de ética”, citando os vários projetos das tecnológicas em torno destas questões, mostrase preocupado com o facto de os governos não estarem envolvidos nestes temas. Sendo certo que “a ética muda com o tempo”, acredita que temas como o machine learning, biotecnologia e realidade virtual vão dar grandes passos nos próximos anos e até criar uma eventual “sub-sociedade que vive no mundo virtual”. Mas “porque há muitas coisas a acontecerem”, conclui que “não é claro com que contornos na nossa vida”.•
Loading...
Loading...
Loading...