EXECUTIVE BREAKFAST Luis Abad VP Indústria, Telecom e Media, Altran “A realidade é que na Europa temos que fazer alguma coisa. Temos claramente que ser mais flexíveis, consolidar e mudar a regulação europeia, porque o investimento está a cair” “Os OTT’s estão a crescer depressa e são muito disruptivos. Estão a competir com os players tradicionais nos seus negócios. Estão a ir para todo o lado” “Este novo mercado traz-nos centenas de novas oportunidades impressionantes. Mas temos que mudar drasticamente o nosso mindset e a forma como colaboramos entre nós”
5 CAPITALIZAÇÃO DE MERCADO POR SEGMENTO “Grande migração de valor dos operadores e vendedores de telecomunicações para os vendedores de terminais e empresas de Internet” “Os operadores e vendedores de telecomunicações reduziram a sua quota de valor de mercado em mais de 18%, passando de 48,4% em 2004 para 30,1% em 2014” Fonte: Altran Business Consulting (2015); Worldscope (2015) 1 - TEM REPORT - década. Este novo cenário traz consigo muitos desafios, mas também muitas oportunidades que exigem uma nova abordagem de mercado, especialmente dos protagonistas europeus, que estão a ficar para trás em todas as áreas. O estudo mostra claramente que quem está a beneficiar do forte crescimento das TIC são os vendedores de terminais, cujos ganhos ultrapassaram os 700%, assim como as empresas de Internet, que cresceram mais de 400%. Entre os primeiros, a norte-americana Apple surge como a líder, seguida das congéneres asiáticas, com destaque para a sul-coreana Samsung. Todas estão a beneficiar da forte procura de dispositivos móveis: smartphones e tablets. A Europa é a exceção, já que não tem players de relevo nesta área. No que respeita às empresas de internet, os OTT’s estão a capturar grande parte do valor do mercado, sendo “algo que temos que enfrentar e endereçar nos próximos anos”, diz Luís Abad. Este é um negócio liderado pelas gigantes dos Estados Unidos. Só a Google vale 44% do valor agregado de todos os players analisados no estudo. Perante uma nova estrutura de mercado, colocam-se para o orador “importantes desafios”. O primeiro é de “pensar e atuar diferente”, especialmente no caso europeu. “A realidade é que na Europa temos que fazer alguma coisa. Temos claramente que ser mais flexíveis e de consolidar. É absolutamente necessário”, considera, explicando que, apesar da “longa lista de casamentos de operadores”, são necessárias mais fusões e aquisições. Assim como uma alteração da regulação, que continua muito assimétrica - impõe demasiadas restrições aos operadores tradicionais e quase nenhumas aos
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