Views
3 years ago

13 - Jantar Debate | Francisco de Lacerda, Presidente & CEO CTT

  • Text
  • Correios
  • Crescimento
  • Capacidade
  • Digital
  • Oferta
  • Encomendas
  • Postal
  • Lacerda
  • Grupo
  • Banco
5 abril 2016 Hotel Dom Pedro Palace

EM DEBATE “TEMOS MUITO

EM DEBATE “TEMOS MUITO ONDE CRESCER E UMA GRANDE AMBIÇÃO” Centrados em três grandes segmentos de negócio, os CTT querem diversificar atividades e explorar novas alavancas de crescimento. O Banco CTT é central nesta estratégia e a ambição é grande, tendo em conta as vantagens competitivas do projeto e as metas de crescimento definida. Mas não só, porque os Correios não são apenas banco. Para Francisco de Lacerda, o principal desafio do grupo postal para o futuro é continuar a ter capacidade de se reinventar, preservando as áreas onde já está e sabendo aproveitar todas as oportunidades de crescimento. Francisco de Lacerda - Presidente & CEO CTT Há oportunidades de negócio muito grandes no mundo postal, que podem garantir o crescimento do negócio. O digital está no centro de todas as estratégias e a provocar uma profunda transformação no setor e nas suas componentes de receita. Especialmente em tudo o que respeita ao e-commerce. Mas não só. O Presidente e CEO dos CTT – Correios de Portugal, orador convidado do último Jantar Debate APDC, garante que há muito onde crescer e que a ambição do grupo é grande. Hoje, os CTT “são uma empresa moderna e diversificada” com 500 anos de história e uma capacidade de reinvenção e de inovação que são uma verdadeira “marca”. O arranque do Banco CTT comprova-o. Num encontro que reuniu mais de 150 pessoas e que contou com uma apresentação de Francisco de Lacerda sobre o setor e o grupo, seguida de um espaço de debate, moderado por Cátia Simões (jornalista do Diário Económico), o líder do grupo CTT começou por abordar a revolução que está a acontecer no mundo dos operadores postais, na sequência

3 da crescente digitalização, considerando que o setor está “numa fase de transformação fundamental”, de ajustamento dos modelos de negócio. Sobretudo nos operadores que mais dependem do negócio tradicional do correio físico, tendo em conta que a globalização, liberalização e privatização vieram acelerar a concorrência, ao mesmo tempo que se assiste à substituição do físico pelo digital. comércio eletrónico e das oportunidades que traz para transportar encomendas e fazer negócio. Aqui, as perspetivas do gestor são muito otimistas, tendo em conta que o e-commerce está a crescer em Portugal mais do que a média da Europa. “Há uma oportunidade de negócio muito significativa, que já está a acontecer, mas que se aprofundará e desenvolverá muito mais”, garante. Mas se o digital pode ser visto como uma ameaça, traz consigo a grande oportunidade do comércio eletrónico. Especialmente para os operadores postais, que dispõem de redes físicas para as entregas com a maior conveniência para o cliente. Também a Internet das coisas traz oportunidades e, em tudo o que tenha a ver com o postal, “os CTT já lá estão ou querem estar”, explica. Mas há outras áreas do digital, como a Internet das coisas postais, onde o grupo está a apostar, tendo em conta que a “tecnologia desempenhará um papel chave na evolução do setor postal”. E cita os casos da Caixa de Correio Conectada ou dos projetos de cidades inteligentes, onde, enquanto operador físico, quer “ter um papel a desempenhar e trabalhar. O nosso físico é cada vez mais digital”. PROCURAR ALTERNATIVAS A eficiência é outra componente fundamental no processo de transformação de um operador postal. Para o Presidente e CEO do grupo, está “no DNA dos CTT desde sempre, aprofundou-se e vai manter-se”. Ter custos competitivos, para ganhar “vantagens competitivas” e “enfrentar os concorrentes de uma forma bastante eficaz”, e diversificar atividades, no sentido de “alavancar nos ativos core já existentes” - como a rede de lojas, a marca e os carteiros - para fazer mais coisas sobre as mesmas infraestruturas, foram também destacados pelo gestor. A diversificação no negócio postal trouxe uma “transformação profunda dos componentes da receita”, com um crescimento global agregado do setor que os CTT têm acompanhado de perto. O peso do correio nas receitas globais passou de 48% em 2011 para 45% em 2014 e, em paralelo, subiu o peso do negócio de expresso e encomendas (de 15% para 22%). Serviços financeiros, logística e retalho são outras áreas de grande relevo. Aliás, há já “operadores postais europeus que são basicamente empresas de serviços financeiros que perdem dinheiro a distribuir umas cartas”. REINVENÇÃO PERMANENTE Olhando para o mercado postal como um todo, Francisco de Lacerda explica que se tem vindo a registar uma redução de receitas e do volume de correio em quase todos os operadores. O que os levou a olhar cada vez mais para áreas alternativas, como as encomendas, para compensar as perdas no negócio tradicional. É o caso dos CTT, que “têm gerido bem esta situação nos últimos anos”, beneficiando do desenvolvimento exponencial do Por todas estas razões, na visão de Francisco de Lacerda, “temos muito onde crescer e temos uma ambição grande”. “Os CTT são uma empresa moderna e diversificada”, apesar dos quase 500 anos de história, o que se deve à permanente capacidade de reinvenção e de inovação, uma verdadeira “marca na empresa”, tanto antes da privatização, concluída em 2014, como já como entidade privada. O recente lançamento do Banco CTT, uma “ambição

REVISTA COMUNICAÇÕES

UPDATE

© APDC. Todos os direitos reservados. Contactos - Tel: 213 129 670 | Email: geral@apdc.pt