44 33º Digital Business Congress como são os seres humanos, está convicto de que “trará muitas surpresas no tipo de tarefas que se pensam que são fáceis e difíceis: um trabalho complexo de um perito poderá ser fácil para a IA, mas tarefas quotidianas fáceis serão difíceis para a tecnologia. Acresce que o impacto da IA na economia e no trabalho não terá nada de mágico. É uma forma de automatização extremamente avançada e o seu grande papel é o de reduzir o custo da inteligência”, libertando “dinheiro para as pessoas”. Estando o Mundo, a Europa e Portugal a envelhecer, “sem IA para substituir o trabalho humano, será muito dificil manter a qualidade de vida das pessoas. A IA não é opcional, mas urgentemente necessária”. O que “pode ser feito por ela e pelos seres humanos, em conjunto, serão as atividades do futuro que nunca foram feitas antes. É aí que Os líderes das equipas que elaboraram as estratégias de dados e da Web 3.0 e a revisão da Estratégia Nacional para a IA já concluíram o seu trabalho. Agora, aguardam decisões do executivo nos deveremos concentrar”, considera Pedro Domingos, para quem os perigos da tecnologia são apenas “os que resultam da sua utilização pelos humanos”. E deixa uma mensagem clara: “Portugal tem a oportunidade de tornar a IA num motor de desenvolvimento. Tem uma comunidade de primeira linha, indústrias onde pode ser líder na introdução da IA e uma agilidade que países maiores não podem ter. Temos a possibilidade de sermos ‘a Estónia da IA’ e um exemplo para outros países. Há barreiras económicas, sociais e políticas e para as ultrapassar é preciso o compromisso de todos”. Para já, o trabalho de elaboração das estratégias nacionais para os dados e Web 3.0 e a revisão da Estratégia Nacional para a IA está concluído e os documentos já foram entregues ao novo governo. Quem o garante é Arlindo Oliveira, também coordenador do grupo de trabalho das três equipas, adiantando ainda ter indicações de que o executivo pretende avançar com o processo, colocando em breve as propostas em consulta pública. Destaca ainda que não basta haver uma estratégia e um plano de ação. É imperativo garantir um orçamento para a sua implementação. “Esse é o passo que nos falta dar. Haja vontade e capacidade política e haja alocação de recursos à execução de cada uma destas estratégias”, rematou, antes da intervenção dos líderes de cada uma das três áreas, que também
Há países que já avançaram com a implementação de estratégias para o digital e para a IA. Objetivo: aproveitar o que já existia, experimentar, testar e fazer melhor. Com regras à prova de futuro, dizem Carme Artigas e Siim Sikkut reiteraram a necessidade de se garantir a efetiva implementação das medidas. FERRAMENTA PARA A DEMOCRACIA Espanha e Estónia são exemplos em termos de aposta na transição para o digital e de definição de estratégias públicas para a IA. Ex-secretária de Estado para a Digitalização e IA espanhola e presidente do Grupo de Alto nível das Nações Unidas para a IA, Carme Artigas diz que o desafio no seu país foi definir uma regulação à “prova de futuro, sem prejudicar a inovação. Porque a tecnologia está sempre a evoluir”. É exatamente isso que defende que está a ser feito na UE27, com o IA Act. “Pela primeira vez a Europa está a dizer ao mundo o que não quer que a IA faça. Mostrámos valores e criámos um standard moral para o A estratégia e os princípios da Google para a IA estiveram em debate, numa sessão onde Giorgia Abeltino anunciou o Impulso IA, uma iniciativa de formação em parceria com a APDC
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