80 33º Digital Business Congress Jéssica Domingues Diretora da Unidade de Cibersegurança, SPMS “As leis vêm ajudar aos requisitos de segurança e às medidas proativas. A perspetiva de incluir as cadeias de abastecimento vemos como uma grande mais-valia. Porque muitas vezes as ameaças vêm de fora. Há a necessidade de outro tipo de medidas de prevenção” “A NIS2 vai auxiliar as entidades a capacitarem-se, porque têm de cumprir os requisitos previstos e estão sujeitas a sanções. A diretiva vem especificar mais o que é esperado das organizações, com os tópicos que têm obrigatoriamente de ser cumpridos. A própria notificação de incidentes é crítica” “A consciencialização das pessoas para os riscos de cibersegurança é algo que tem de ser treinado todos os dias. É o próprio utilizador, no seu dia a dia, que muitas vezes coloca em risco as organizações. Os incidentes vão sempre acontecer, temos de reduzir é o seu impacto. O que passa pela capacitação na resposta, com monitorização e deteção de anomalias e de vulnerabilidades que possam existir, para se atuar rapidamente” FROM 5G DEPLOYMENT TO TRANSFORMATION: A TANGIBLE JOURNEY FOR PORTUGAL Juan Olivera CEO, Ericsson Portugal “Onde estamos quando falamos de 5G, um tema estratégico para a UE? Estamos a perder ritmo de implementação. No 3G, a Europa foi a 3ª economia. No 4G, foi a 5ª. No 5G, é a 7ª, superada por países com menor tradição tecnológica, como a Austrália, apesar das ambições anunciadas” “O 4G foi a geração que digitalizou toda a sociedade, através dos smartphones e das redes móveis. Criou-se uma economia baseada nas startups que em poucos anos multiplicaram por oito o valor da conetividade. Mas os valores da Europa estão muito abaixo dos EUA, porque há diferentes ritmos, pela estrutura distinta dos vários Estadosmembros. Com o 5G, o poder transformacional é infinitamente maior” “Porque falamos tanto disto e nada muda na UE? Porque os operadores não têm escala. Na Europa, temos 45 operadores com mais de 500 mil subscritores. Nos EUA temos oito, no Japão quatro e na Coreia do Sul, três. A escala é crítica no negócio de infraestruturas, para ter capacidade de investimento. A Europa perde todas as economias de escala. Acreditamos que a regulação deve ser alterada. Não podemos viver com uma regulação concebida há 30 anos para quebrar os monopólios. Os operadores precisam de escala para poder competir, inovar e ser relevantes”
HARNESS THE EXPONENTIAL POTENTIAL OF NETWORKS – THE OPPORTUNITY FOR PORTUGAL da inovação e do desenvolvimento, porque vão usar muito mais dimensões, para além da conetividade, para a criação de valor. Temos um momento único para resgatar valor para o setor” THE STATE OF THE NATION OF MEDIA Sérgio Catalão CEO, Nokia Portugal “Há um paradoxo na nossa indústria, no Mundo e em Portugal. Nos últimos anos, tem-se vindo a investir nas redes, fixas e móveis, para as capacitar para um crescimento de tráfego que tem sido exponencial. No caso nacional, cerca de seis a sete vezes, enquanto as receitas aumentaram 1% ao ano. Isto é o reflexo de uma indústria que se tem desenvolvido à volta do consumo de um único bem, a conetividade, difícil de monetizar e cujo valor tem saído para outras indústrias” KNS: Carla Martins Vogal, Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) “Os media enfrentam grandes dificuldades e desafios. O quadro é bastante complexo. A evolução tecnológica é acelerada e constante e tem impactos profundos na cadeia de valor e nos processos de produção e de consumo. E a IA traz outra camada de complexidade. Além disso, as entidades estão a adaptar-se ao paradigma digital em diferentes velocidades” “O 5G é uma oportunidade única de transformação e para a indústria capturar novas oportunidades e criar valor. Portugal tem a ambição de crescer acima da UE e a digitalização e automação de processos são fundamentais para que isso aconteça. O 5G é um enabler tecnológico para isso e não há muitas receitas senão produzir mais, através da utilização da tecnologia” “Quando olhamos para o futuro do setor, vemos que o tráfego vai continuar a crescer exponencialmente, entre quatro a nove vezes até 2030, e o negócio da conetividade manter-se-á com o mesmo perfil, flat. Mas vamos ter um mercado de aplicações que vão usar a rede a crescer de 30% a 40%. Com o 5G, passamos a ter redes programáveis, que vão estar no centro “O jornalismo vive um dos momentos mais críticos da sua história. Os media defrontam-se com um problema estrutural de financiamento e a concorrência das plataformas online. O quadro é de incerteza e altamente competitivo. Pelo que a abordagem regulatória tem de assentar no diálogo construtivo e permanente com os diferentes intervenientes. Não é possível ter uma regulação positiva e relevante de costas voltadas para o setor” “Também a ERC enfrenta desafios na regulação sobre os media digitais e as plataformas online, onde cada vez mais os públicos acedem a conteúdos mediáticos e estão mais expostos aos riscos e desinformação. É prioritária a revisão dos instrumentos legais
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