76 33º Digital Business Congress 40 YEARS OF APDC: A CRUCIAL STAKEHOLDER FOR A DIGITAL PORTUGAL Gonçalo Sequeira Braga Fundador da APDC, em 1984, e Presidente até Nov85 “Temos, na vida da associação, três ciclos: o do nascimento, em que a APDC foi predominantemente uma associação de pessoas; um segundo, de uma associação de pessoas com empresas, prestadores de serviços e fabricantes; e esta terceira, em que vivemos hoje, em que somos uma associação de empresas com o apoio das pessoas” “Tivemos presidentes da APDC de nível mundial, a trabalhar pro bono, o que foi fundamental. Permitiu que a associação crescesse. Definimos um conjunto de princípios e valores para a atividade e isso foi respeitado ao longo dos anos pelas sucessivas direções. Tivemos um formato muito positivo da associação, que se impôs desde logo, desempenhando um papel fundamental: éramos um agente da mudança” “A APDC é um parceiro do Estado para a transformação digital da sociedade portuguesa, porque tem o apoio das empresas. Somos um invulgar caso a nível europeu, como associação. Pela influência, capacidade e realizações que a APDC fez” José Graça Bau Ex-Presidente APDC (fev95-fev97) “Nascemos numa época em que não se falava ao telefone, não se conseguia falar de Lisboa para o Porto. O país estava num caos, não havia telecomunicações. Os profissionais trabalhavam com telex” “Pensámos, na altura: entrámos numa boa altura, pois qualquer coisa que façamos, vamos ser heróis. Na década de 80, começámos a pôr fibra ótica, que ligou a Marinha Grande a Leiria, para a indústria dos moldes. Estava tudo a acontecer” “A APDC foi o despertador. As empresas tentavam todas avançar, porque estávamos muito atrasados e era preciso mostrar que havia futuro. A década de 80 foi a década em que tudo nasceu, em que projetámos os anos 90, com um plano de desenvolvimento para o setor, quando surgiram os primeiros telemóveis e a concorrência”
APDC’S PRIORITIES FOR PORTUGAL Pedro Norton Ex-Presidente da APDC (mar11-jan13) “A morte do Diogo Vasconcelos, que me precedeu, marcou o mandato. Acredito que nas instituições devemos beber do conhecimento acumulado e que não devemos inventar a roda. Foi isso que fizemos, sendo que a direção que presidi, a partir de março de 2011, teve um período dificil, com o pedido de resgate nacional, que gerou uma rutura económica, social e política. O país estava virado de pernas para o ar. E colocou-se o desafio de saber como a APDC se poderia posicionar” “Tornou-se rapidamente muito claro que, naqueles anos desafiantes, era preciso que a APDC dissesse ‘estamos presentes para ajudar o país’. Por isso, organizámos um congresso nesse sentido, com a produção de um estudo que tentava identificar um conjunto de medidas de racionalização da AP. Foi produzido pelo setor e entregue ao governo, numa tentativa de fazer uma call to action. O esforço foi reconhecido e uma oportunidade para posicionar a APDC e o setor, que está presente nas horas boas de desenvolvimento do país, mas também nas horas difíceis” Rogério Carapuça Presidente da APDC, desde jan13 “Queremos fazer de Portugal um líder da economia e sociedade digitais da UE. Saltar para um lugar cimeiro. Sendo o 6º país mais atrativo para investimentos na Europa, Portugal tem grande potencial. Por isso, propomos implementar medidas concretas organizadas em seis pilares: incentivar o crescimento económico sustentável; investir no talento; promover adoção da tecnologia; otimizar o funcionamento do mercado; simplificar o Estado; e promover a cibersegurança e inclusão tecnológica social” “É preciso convocar todos os atores. Com um plano estratégico bem definido. Temos de ter maior número de grandes empresas, precisamos de mudar mentalidades e de incentivar as empresas a serem maiores. O problema é que temos os incentivos errados para ganhar esta escala. Se ser grande dá direito a ter mais impostos, mais vale ter um conjunto de empresas pequeninas. Não podemos ser penalizados quando a dimensão aumenta” “Não fui um presidente provável para a APDC. Era um homem dos media. Vinha com uma visão um bocadinho de outsider, para um setor e uma associação que tinha de ser vista como mobilizadora da economia, porque era fundamental para o desenvolvimento de todos os demais setores. Os mundos das comunicações e dos media, que não se conheciam bem, estavam condenados a entender-se. Tentei fazer essa aproximação e foi no meu mandato que os media passaram a participar no congresso” “Todos nós temos de dar o passo a seguir. A APDC fará o seu papel de ‘agitar as águas’. Somos uma associação de ecossistema, temos todo o tipo de empresas da área digital e o networking é o nosso nome do meio. Falamos e trazemos propostas que colocamos em cima da mesa dos governantes. E estamos disponíveis para falar com todos e contribuir”
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