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096 - 33º DIGITAL BUSINESS CONGRESS

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56 33º

56 33º Digital Business Congress O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, garantiu no encerramento do DBC2024 que vai dar resposta às preocupações dos operadores, num setor que tem sofrido sucessivas disrupções publicitário possa colocar em risco os outros operadores”. A crescente concorrência das plataformas mundiais e europeias dominou as atenções, assim como os impactos de tecnologias como a IA ao nível da informação. “É muito difícil competir com as grandes plataformas. Tem de haver regulação europeia que ajude a uma distribuição mais justa, onde os players nacionais estejam mais defendidos. De contrário não temos hipótese”, diz Luís Santana. “Termos uma plataforma própria é o caminho ideal, mas dificil. É um mercado populado por muitos gigantes e com a sua dinâmica própria. Gostaríamos de trilhar este espaço, mas ainda não vimos caminho para isso. A solução que encontrámos foi produzir conteúdos para plataformas como a Amazon Prime Vídeo. Hoje, é muito dificil manter-nos competitivos neste novo mundo que aí vem, sobretudo à escala portuguesa”, acrescenta Pedro Morais Leitão. Sendo a conetividade condição essencial para o mundo digital, as fibercos e as towercos que operam no mercado nacional assumem um papel cada vez mais relevante no fornecimento de infraestruturas fixas e móveis aos operadores. Cellnex, FastFiber e Vantage Towers estão a investir em força no reforço das respetivas operações, de olhos postos na aceleração do 5G e na IA. Depois de um ciclo de oito anos de aquisições em toda a Europa, a Cellnex teve em 2023 um ano de transformação e crescimento. Agora, como diz João Osório Mora, managing director da subsidiária nacional, o foco está nas operações e no crescimento. Com partilha da rede entre todos os operadores, para uma maior rentabilização. Também a Vantage Towers vai prosseguir “a expansão do portfólio de ativos”, como adianta o seu managing director, Paolo Favaro, nomeadamente na cobertura das zonas mais remotas do país. A estratégia da FastFiber é similar: crescer em cobertura e em leque de serviços, refere o seu CEO, Pedro Rocha. A tão esperada sessão do ‘Estado da Nação das Comunicações” voltou a ser a última deste congresso. E o mote foi dado pela nova presidente da Anacom, Sandra Maximiano, para quem é essencial “assegurar uma regulação eficiente, eficaz, e sobretudo dinâmica. O setor das comunicações tem sofrido impactos profundos, com a adoção das tecnologias, e o regulador não pode ficar para trás neste processo de transformação

Os jornalistas da RTP Carolina Freitas e João Adelino Faria voltaram a ser hosts desta edição, imprimindo ao congresso uma dinâmica acelerada. O evento voltou a contar com tradução simultânea em inglês e em linguagem gestual digital”. Até porque “é preciso estar consciente de que as empresas de telecomunicações são viabilizadoras de todos os outros setores”. Mas, garantindo que o regulador quer “viabilizar a aposta no investimento dos operadores”, adianta que “a dinâmica das comunicações eletrónicas tem mostrado que existe uma oferta de grande qualidade, com predominância dos pacotes, levando à perceção de haver pouca concorrência no mercado”. Assim, e tendo em conta a entrada para breve da Digi, diz esperar “uma reação criativa e saudavelmente competitiva dos operadores. A procura por conetividade está em expansão e haverá espaço para que as oportunidades sejam maiores do que os riscos”. O 5G e a sua rentabilização foi um dos exemplos salientados. Mas para os líderes dos operadores ainda é cedo para falar na rentabilização do 5G. Tudo dependerá do que vai acontecer na Europa em termos de decisões para garantir a sua competitividade face a outras regiões, como os EUA ou a China. Todas as telcos europeias se debatem com o problema da escala e há cada vez mais constrangimentos na atração de investidores para o setor, hoje dos menos atrativos do mercado. Os esforços de rentabilidade têm passado pelo corte de custos e por decisões como a partilha de infraestruturas. Mas já não chega. “Pela sua dimensão, o mercado português tem desafios acrescidos, pelos efeitos de escala. Mas toda a Europa está numa encruzilhada. Estamos a perder competitividade económica e faltam 220 mil milhões de euros de investimento no setor ao nível europeu. Acresce que todos falam da IA, mas ninguém fala do acesso, que é garantido por nós”, comenta Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal. Para a gestora, “os operadores têm procurado contrariar a perda de rentabilidade com soluções criativas de reinvenção do negócio e otimização das estruturas de custos. Mas o setor necessita de escala. Têm de existir

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