52 33º Digital Business Congress Carla Martins (ERC) deu o mote ao debate entre os líderes dos grupos de media nacionais com canais de televisão: Francisco Pedro Balsemão (Impresa); Luís Santana (Medialivre), um estreante; Pedro Morais Leitão (Media Capital); e Nicolau Santos (RTP) Carapuça, da proposta de prioridades para o país, deixando claro que “todos nós temos de dar o passo a seguir. A APDC fará o seu papel. Somos uma associação de ecossistema, temos todo o tipo de empresas da área digital e o networking é o nosso nome do meio. Falamos uns com os outros e apresentamos propostas. Estamos disponíveis para falar com todos”. Tema essencial para o mundo digital é o da cibersegurança. Sobretudo quando os ciberataques estão a multiplicar-se, em número e sofisticação. A NIS2, a nova diretiva europeia de cibersegurança, que entrará em vigor em outubro, vem dar resposta aos novos desafios. Mas traz consigo uma teia regulatória muito mais complexa e abrangente, que obrigará as organizações a adotarem uma abordagem proativa e obrigações muito mais exigentes, refere Inês Antas de Barros, sócia da Área de Comunicações, Proteção de Dados & Tecnologia da VdA. Jéssica Domingues, chefe da Unidade de Cibersegurança da SPMS, diz que o maior risco está nas pessoas e é aí que se deverá atuar rapidamente. O 5G e o seu impacto para o país foi o tema abordado pelos líderes dos dois fabricantes europeus. Juan Olivera, CEO da Ericsson Portugal CEO, salientou o atraso europeu face a
Como está a transição energética na era do 5G? Manuel Maria Correia (DXC Technology) e Tiago Marques (EDP) tentaram responder outras regiões e a penetração limitada desta tecnologia no mercado nacional, apesar da boa qualidade da rede. Tendo em conta o seu potencial transformador, o caminho na Europa terá de passar por um ganho de escala dos operadores, através das consolidações. E em Portugal, defende um protocolo de colaboração público-privada, à semelhança de Espanha. Também o CEO da Nokia Portugal, Sérgio Catalão, diz que o 5G é “uma oportunidade única de transformação. Portugal tem a ambição de crescer acima da UE e o 5G é o enabler tecnológico estratégico desse crescimento”. Será da ligação entre o ecossistema e a indústria que se gerará capacidade de criar valor. MEDIA E TELCOS: DESAFIOS VS OPORTUNIDADES A edição deste ano do congresso ficou marcada pelo regresso dos reguladores dos media e das comunicações, que têm desde o final do ano passado novas lideranças. As respetivas intervenções deram o mote aos debates dos “estados da nação”, que juntaram os protagonistas dos principais grupos de cada um dos setores. E não há dúvida de que o setor dos media “enfrenta grandes dificuldades e desafios, num quadro bastante complexo. A evolução tecnológica é acelerada e constante, com impactos profundos na cadeia de valor dos media e nos processos de produção e consumo. E a IA traz outra camada de complexidade. O jornalismo vive um dos momentos mais críticos da sua história e o Estado desempenha um papel essencial”. A afirmação é de Carla Martins, vogal do Conselho Diretivo da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC). Para esta responsável, no atual quadro de incerteza, altamente competitivo e com um problema estrutural de financiamento, a “abordagem regulatória tem de assentar num diálogo construtivo e permanente com os diferentes intervenientes setoriais. Não é possível uma regulação positiva e relevante de costas voltadas para o setor”. Mas, como também a própria ERC enfrenta muitos desafios, nomeadamente na regulação sobre os media digitais e das plataformas online, defende como “prioritária a revisão dos instrumentos legais de que dispomos para atuar”, até porque o regulador terá de estar preparado ainda para aplicar os instrumentos legislativos adotados a nível europeu. No debate que se seguiu entre os players dos media com canais de tv, um dos temas abordados foi o lançamento do novo canal de tv paga Now, que arrancou a 17 de junho.
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