DIGITAL BUSINESS BREAKFAST João Torres Presidente, EDP Distribuição “Só com uma grande cooperação de vários atores é que vamos conseguir endereçar os desafios. A rede elétrica está num período de grande transformação” “O desafio que tem o distribuidor é preparar-se. Temos um papel de pivot, com muita digitalização, tratamento de dados e partilha de informação. A execução é difícil mas sabemos para onde vamos, o que já é bom” “Para a cidade inteligente, há um requisito chave: a visão da liderança. É decisiva no processo. Não temos dúvidas que vamos dar o salto” Pedro Mourisca CEO, Via Verde “Na mobilidade, os transportes públicos são centrais na equação, tal como o setor privado. São várias as indústrias e os players, o que torna tudo mais complexo. Temos todos que agir em cooperação, o que às vezes é o mais difícil” “A indústria automóvel sofreu uma revolução tremenda. É uma mudança radical. O setor tem que se reinventar completamente” “Espero que em 2020 estejamos preparados, com um ecossistema de mobilidade completo, conhecendo o que as pessoas necessitam, para darmos o salto para a mobilidade como um serviço”
7 energético e maior digitalização e, em simultâneo, diminuir a pegada ecológica? As questões foram colocadas pela moderadora, Joana Petiz (Subdiretora do Diário de Notícias), no painel de debate que se seguiu, sobre “Powering the Cities of the Future”. Ficou claro que todos os intervenientes no ecossistema já estão a trabalhar em força e a apostar nas parcerias e colaborações como o caminho certo para garantir o sucesso. É exatamente isso que garante João Torres, presidente da EDP Distribuição: “só com uma grande cooperação entre os vários atores é que vamos conseguir endereçar os desafios que aparecem”. Incluindo na rede elétrica, que está em grande transformação nas cidades, com fatores decisivos como a descentralização, com a produção distribuída que faz de cada cliente um produtor, e a mobilidade elétrica, que está a penetrar cada vez mais. Estes são fatores que obrigam a um maior planeamento da rede, que tem que ser gerida de forma muito mais inteligente e usando os dados que vão sendo disponibilizados. Trata-se, para o gestor, de um desafio que está a ser endereçado, no que chamou de “revolução tranquila. Olho para esta fase com bastante otimismo, apesar de ser desafiante. O sentido de cooperação é muito forte, nomeadamente com os municípios”. Em Lisboa, já se sentem bem os resultados do trabalho que está a ser desenvolvido para tornar a cidade mais inteligente. E vão sentir-se ainda mais, assegura Duarte Cordeiro, vice-presidente da Câmara Municipal. Não é por acaso que o município será a Capital Verde 2020 da Europa. “Há muita coisa que temos feito, muito positiva e de referência em termos internacionais. Há ainda muita coisa que estamos a preparar em conjunto, para nos próximos anos se sentir a melhoria da sustentabilidade do espaço urbano”, diz. “Temos trabalho feito e apresentámos uma proposta de caminho até 2020”, acrescenta o autarca, citando áreas como os espaços verdes, a resiliência urbana, o projeto de drenagem da cidade, da rede de água e da sua otimização ou a aposta na mobilidade. Para Duarte Cordeiro, “sem integração não vamos ter cidades inteligentes. Assim como sem cooperação, porque sozinhos não conseguimos fazer nada. Temos que trabalhar em conjunto, entidades públicas e privadas. Os resultados vão aparecer”. Lisboa tem disponibilizado a todos os atores informação sobre a cidade, nomeadamente através do portal de dados abertos, para promover mais respostas do ecossistema. O centro operacional integrado foi também referido como exemplo de integração de dados para dar respostas mais eficientes, prever situações drásticas e atuar na gestão desses acontecimentos. Através de empresas como a EMEL ou a Carris, assim como com projetos como as bicicletas partilhadas, o município assume-se ainda como um operador que está “a trabalhar para melhorar o serviço nos transportes públicos e a alterar o perfil de circulação na área metropolitana”. A meta é ter mais oferta, maior fiabilidade do serviço e integração, com o autarca a admitir que neste momento “a oferta de transportes é caótica e falta em muitas áreas”. Por isso, defende a integração com os outros tipos de transportes, como mobilidade suave ou par-
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